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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

31 de dezembro de 2012


Hoje é o último dia do ano.
Em pouco mais de vinte horas estaremos em 2013 e, ao contrário de anos passados ainda não parei para fazer uma análise do que estes 12 meses significaram para mim. Não pesei nem medi o quanto melhorei ou - infelizmente - piorei como pessoa, o que me fez crescer, o que me fez fortificar, entre outras. Mas não atrasei para definir algumas metas que quero para o próximo ano. A não ser para aquelas que por algum motivo pertinente eu mude de interesse, lutarei para concretizar cada uma delas, sem tropeços, sem angústias, sem demora, e sim, no tempo necessário, com força de vontade, determinação e paciência.
Desejo que todos consigam realizar suas metas e sonhos. E que eles lhes façam pessoas melhores.
BeatrizNapoleão

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Força da Palavra

Palavra forçada
Palavra ameaçada
Palavra que encanta
Palavra que desbanca
Palavra que vende
Palavra de quem entende
Palavra que apavora
Palavra da boca pra fora
Palavra que arrisca
Palavra que petisca
Palavra vazia
Palavra em euforia
Palavra de quem ama
Palavra que inflama
Palavra que diverte
Palavra que converte
Palavra que irrita
Palavra que milita
Palavra que fica
Palavra que dita
Palavra que massifica
Palavra que comunica
Palavra lisonjeira
Palavra passageira
Palavra que abandona
Palavra que sonda
Palavra que clareia
Palavra feia
Palavra do perdão
Palavra de coração
Palavra da verdade
Palavra da felicidade
Palavra que comanda
Palavra que abranda
Palavra que convém
Palavra de desdém
Palavra que anima
Palavra que alucina
Palavra de quem briga
Palavra amiga
Palavra que fadiga
Palavra que intriga
Palavra que congela
Palavra singela
Palavra de quem brinca
Palavra que trinca
Palavra que se mete
Palavra que se perde
Palavra que brilha
Palavra que humilha
Palavra com emoção
Palavra em canção
Palavra que começa
Palavra que dispersa
Palavra que termina
Palavra que faz rima

Cuidado ao falar! A palavra tem uma força que tudo pode mudar.
BeatrizNapoleão

domingo, 16 de dezembro de 2012

E assim...

E assim, sigo o meu caminho
Uma hora cercado de gente
Outra hora sozinho

E assim, gosto de muita gente
Pois o gostar
Deixa-me contente

E assim, vivo numa boa
Viver bem
Faz-me rir a toa

E assim, conservo a mocidade
Pois dizem que dos jovens
É a felicidade

E assim, mantenho a esperança
Afinal, quem espera
Sempre alcança!
BeatrizNapoleão

sábado, 15 de dezembro de 2012

Mudança

Para alguns a mudança é assustadora
A vida está em ordem
O amor quente e compreensivo
A conta bancária com além do necessário
O trabalho é estimulante e gratificante
A família unida
A saúde perfeita
Os amigos desejados
Mudar é perigoso

Para outros a mudança é cobiçada
Não mudar é sinônimo de viver mal
A vida uma loucura indesejada
Carentes de amor ou, amores problemáticos
O dinheiro não chega ao fim do mês
O trabalho é um desgaste ou, a procura dele
A família, é melhor manter distante
A saúde instável
As amizades precárias
A mudança é ansiosamente esperada

Mas há a turma dos intermediários
Aqueles que estão satisfeitos com a vida
Porém gostam de viver novas experiências
Ou aqueles que querem e precisam mudar
Os guerreiros
Vão fazendo o que é necessário
Sem angústia, sem peso
Podem até cansar
Fazem uma pausa para se fortalecer
Depois lutam com todas as forças
Sempre com determinação e esperança
BeatrizNapoleão

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mais que um retrato

               Vesto M. Slipher (1875-1969) aos 40 anos
               Astrônomo americano

Enquanto lia um livro sobre astronomia, Beth avistou o retrato de Vesto M. Slipher, no mesmo momento se viu presa aos olhos que a fixavam intimamente e a atraiam de uma maneira inexplicável. Viu o que poucos percebiam. Aqueles olhos revelavam uma personalidade forte, mas também suave. Forte em determinação, alguém que corre atrás dos seus ideais e os consegue. Suave em relação a conduta, a maneira de tratar àqueles que se relaciona. Olhar humanitário, olhar futurista, olhar penetrante. E via um homem de família - não teve dúvidas. Isso a perturbou. E quanto mais ela olhava aquela imagem, mais sentia seus olhos confirmando o que percorria em seu pensamento. Assim como ela fixamente o observava, o via igualmente a fitando, e sentia que ele penetrava em seu olhar em busca de conhecê-la. De repente, viu-se presa num imã que irrompia daqueles olhos, com interesse em saber o que existe dentro dela, puxando-a para si, como que dizendo que a queria ali, junto dele, ultrapassando além do seu olhar, do tempo e do espaço.
Beth continuou sua leitura, agora sem concentração, essa estava em uma foto de páginas atrás. De minutos a minutos voltava e parava seus olhos no retrato. Ficando em dúvida se era ela que o procurava ou ele que a chamava, pois sentia um magnetismo em seu ato.
Dias depois terminou o livro sem saber bem o que havia lido. Mas com a decisão de ampliar a foto em tamanho original, colocá-la numa linda moldura e pregá-la na parede de seu quarto.
Ficava a contemplar um rosto desconhecido que inexplicavelmente lhe parecia tão familiar, tão íntimo. Valendo-se disso, ele a  seduzia e conquistava mais e mais.
Então, os lábios emoldurados fizeram suaves movimentos sensuais que Beth leu como: - Venha cá! Mal terminou sua leitura labial já sentia o calor de um beijo firme, intenso e apaixonado. Sem questionar correspondia, já a procura das mãos que não podia ver abaixo da moldura - sua criatividade lhe dava a certeza que eram belas e sabiam tocar com o calor desejado e a força que não machuca, só atrai -, então curvou-se levando suas mãos por dentro do quadro a procura das dele, e trouxe para si dois braços, que os entrelaçou em suas costas.
Constantemente brincava voltando no tempo ou trazendo para o hoje quem existiu no passado.
Ninguém entendia porque Beth vivia a maior parte do tempo trancada em seu quarto, onde passou a fazer até as refeições. Também questionavam como ela não engordava se levava comida suficiente para duas pessoas e, como andava feliz apesar de se isolar. Ela mantinha um segredo, pois não tinha coragem de se expor, por não saber se vivia um delírio ou uma realidade absurda.
BeatrizNapoleão (abril/2012)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Querendo o que pouco conhece

Conheceste a mim tão pouco
Pouco eu te conheci
Mas vi que não eras louco
Louco eu te queria por mim
BeatrizNapoleão

Consequências e Fatalidades

Eu vi alegria coletiva
Eu vi discórdia entre alguns

Eu estive em lugares perfeitos
Eu estive no caos

Eu vivi maravilhas
Eu vivi dores

Eu conheço o bem
Eu conheço o mal

Eu vejo, vivo e tenho o que procuro, o que provoco, o que aprendi e o que fatalmente a vida me empurra por algum motivo, mesmo que eu tente evitar.
BeatrizNapoleão