Vi de tudo.
Ouvi o que queria e o que não queria.
Passei por lugares que nunca mais quero voltar.
Melhor se não tivesse estado lá.
Vi quem dizia ser amigo
E por trás se desfazia.
Isto é pouco perante o que vi!
Vi maldade com animais, por puro prazer.
Pais brigando com filhos.
Não a briga para ensinar o que é melhor,
Mas a briga que afasta, que destrói.
Irmãos que ignoravam o sangue que lhes corre nas veias.
Mãe que prejudicava um filho para obter algum benefício.
Ouvi palavras que caluniavam.
Fui apresentada a injustiça, a falsidade,
A decadência e a amargura.
Conheci a infelicidade.
Fiquei cara a cara com todas,
Mas não quis manter uma amizade.
Até tentei me aproximar da amargura.
Na ilusão de que se ela se unisse à alegria mudaria de lado.
Mas, foi inútil. O que estava em seus planos era me ter ali.
Elas tentam te envolver com uma teia
Onde quem domina é uma aranha venenosa.
Horrorizada passei por esses caminhos,
E não quero voltar.
Também passei por lugares lindos.
Agradáveis em todos os sentidos.
Com beleza e leveza.
Onde as pessoas procuravam facilitar a vida do outro,
Mesmo que fosse um desconhecido.
Vi gente se doando.
Doando dinheiro, sua palavra, seu sorriso, seu tempo.
Alguns dividindo o pouco que tinham.
Nestes lugares, vi a felicidade.
Minha amiga de sempre.
Com isso aprendi a ter mais cuidado
Mas, também sei que, por mais que tente evitar
Algumas vezes passarei por caminhos tortuosos.
Então, antes de seguir olharei por onde ir.
E não tendo como impedir acidentes futuros,
Cada passo que eu der procurarei estar ao lado
Da amizade, humildade, solidariedade, harmonia, paz,
Compreensão, do carinho e principalmente do amor.
Assim, a felicidade fará questão de seguir comigo.
E quando passarmos por lugares que estiver a outra turma,
Se tentarem nos envolver,
Juntos passaremos sem maiores danos e,
Seremos fortes o suficiente
Para se necessário, construirmos outro caminho.
Beatriz Napoleão