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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

31 de dezembro de 2012


Hoje é o último dia do ano.
Em pouco mais de vinte horas estaremos em 2013 e, ao contrário de anos passados ainda não parei para fazer uma análise do que estes 12 meses significaram para mim. Não pesei nem medi o quanto melhorei ou - infelizmente - piorei como pessoa, o que me fez crescer, o que me fez fortificar, entre outras. Mas não atrasei para definir algumas metas que quero para o próximo ano. A não ser para aquelas que por algum motivo pertinente eu mude de interesse, lutarei para concretizar cada uma delas, sem tropeços, sem angústias, sem demora, e sim, no tempo necessário, com força de vontade, determinação e paciência.
Desejo que todos consigam realizar suas metas e sonhos. E que eles lhes façam pessoas melhores.
BeatrizNapoleão

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Força da Palavra

Palavra forçada
Palavra ameaçada
Palavra que encanta
Palavra que desbanca
Palavra que vende
Palavra de quem entende
Palavra que apavora
Palavra da boca pra fora
Palavra que arrisca
Palavra que petisca
Palavra vazia
Palavra em euforia
Palavra de quem ama
Palavra que inflama
Palavra que diverte
Palavra que converte
Palavra que irrita
Palavra que milita
Palavra que fica
Palavra que dita
Palavra que massifica
Palavra que comunica
Palavra lisonjeira
Palavra passageira
Palavra que abandona
Palavra que sonda
Palavra que clareia
Palavra feia
Palavra do perdão
Palavra de coração
Palavra da verdade
Palavra da felicidade
Palavra que comanda
Palavra que abranda
Palavra que convém
Palavra de desdém
Palavra que anima
Palavra que alucina
Palavra de quem briga
Palavra amiga
Palavra que fadiga
Palavra que intriga
Palavra que congela
Palavra singela
Palavra de quem brinca
Palavra que trinca
Palavra que se mete
Palavra que se perde
Palavra que brilha
Palavra que humilha
Palavra com emoção
Palavra em canção
Palavra que começa
Palavra que dispersa
Palavra que termina
Palavra que faz rima

Cuidado ao falar! A palavra tem uma força que tudo pode mudar.
BeatrizNapoleão

domingo, 16 de dezembro de 2012

E assim...

E assim, sigo o meu caminho
Uma hora cercado de gente
Outra hora sozinho

E assim, gosto de muita gente
Pois o gostar
Deixa-me contente

E assim, vivo numa boa
Viver bem
Faz-me rir a toa

E assim, conservo a mocidade
Pois dizem que dos jovens
É a felicidade

E assim, mantenho a esperança
Afinal, quem espera
Sempre alcança!
BeatrizNapoleão

sábado, 15 de dezembro de 2012

Mudança

Para alguns a mudança é assustadora
A vida está em ordem
O amor quente e compreensivo
A conta bancária com além do necessário
O trabalho é estimulante e gratificante
A família unida
A saúde perfeita
Os amigos desejados
Mudar é perigoso

Para outros a mudança é cobiçada
Não mudar é sinônimo de viver mal
A vida uma loucura indesejada
Carentes de amor ou, amores problemáticos
O dinheiro não chega ao fim do mês
O trabalho é um desgaste ou, a procura dele
A família, é melhor manter distante
A saúde instável
As amizades precárias
A mudança é ansiosamente esperada

Mas há a turma dos intermediários
Aqueles que estão satisfeitos com a vida
Porém gostam de viver novas experiências
Ou aqueles que querem e precisam mudar
Os guerreiros
Vão fazendo o que é necessário
Sem angústia, sem peso
Podem até cansar
Fazem uma pausa para se fortalecer
Depois lutam com todas as forças
Sempre com determinação e esperança
BeatrizNapoleão

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Mais que um retrato

               Vesto M. Slipher (1875-1969) aos 40 anos
               Astrônomo americano

Enquanto lia um livro sobre astronomia, Beth avistou o retrato de Vesto M. Slipher, no mesmo momento se viu presa aos olhos que a fixavam intimamente e a atraiam de uma maneira inexplicável. Viu o que poucos percebiam. Aqueles olhos revelavam uma personalidade forte, mas também suave. Forte em determinação, alguém que corre atrás dos seus ideais e os consegue. Suave em relação a conduta, a maneira de tratar àqueles que se relaciona. Olhar humanitário, olhar futurista, olhar penetrante. E via um homem de família - não teve dúvidas. Isso a perturbou. E quanto mais ela olhava aquela imagem, mais sentia seus olhos confirmando o que percorria em seu pensamento. Assim como ela fixamente o observava, o via igualmente a fitando, e sentia que ele penetrava em seu olhar em busca de conhecê-la. De repente, viu-se presa num imã que irrompia daqueles olhos, com interesse em saber o que existe dentro dela, puxando-a para si, como que dizendo que a queria ali, junto dele, ultrapassando além do seu olhar, do tempo e do espaço.
Beth continuou sua leitura, agora sem concentração, essa estava em uma foto de páginas atrás. De minutos a minutos voltava e parava seus olhos no retrato. Ficando em dúvida se era ela que o procurava ou ele que a chamava, pois sentia um magnetismo em seu ato.
Dias depois terminou o livro sem saber bem o que havia lido. Mas com a decisão de ampliar a foto em tamanho original, colocá-la numa linda moldura e pregá-la na parede de seu quarto.
Ficava a contemplar um rosto desconhecido que inexplicavelmente lhe parecia tão familiar, tão íntimo. Valendo-se disso, ele a  seduzia e conquistava mais e mais.
Então, os lábios emoldurados fizeram suaves movimentos sensuais que Beth leu como: - Venha cá! Mal terminou sua leitura labial já sentia o calor de um beijo firme, intenso e apaixonado. Sem questionar correspondia, já a procura das mãos que não podia ver abaixo da moldura - sua criatividade lhe dava a certeza que eram belas e sabiam tocar com o calor desejado e a força que não machuca, só atrai -, então curvou-se levando suas mãos por dentro do quadro a procura das dele, e trouxe para si dois braços, que os entrelaçou em suas costas.
Constantemente brincava voltando no tempo ou trazendo para o hoje quem existiu no passado.
Ninguém entendia porque Beth vivia a maior parte do tempo trancada em seu quarto, onde passou a fazer até as refeições. Também questionavam como ela não engordava se levava comida suficiente para duas pessoas e, como andava feliz apesar de se isolar. Ela mantinha um segredo, pois não tinha coragem de se expor, por não saber se vivia um delírio ou uma realidade absurda.
BeatrizNapoleão (abril/2012)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Querendo o que pouco conhece

Conheceste a mim tão pouco
Pouco eu te conheci
Mas vi que não eras louco
Louco eu te queria por mim
BeatrizNapoleão

Consequências e Fatalidades

Eu vi alegria coletiva
Eu vi discórdia entre alguns

Eu estive em lugares perfeitos
Eu estive no caos

Eu vivi maravilhas
Eu vivi dores

Eu conheço o bem
Eu conheço o mal

Eu vejo, vivo e tenho o que procuro, o que provoco, o que aprendi e o que fatalmente a vida me empurra por algum motivo, mesmo que eu tente evitar.
BeatrizNapoleão

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

De outro

Não queira essa menina
Não por ser pequenina

Não queira essa mulher
Você sabe o que ela quer?

Esse anjo de candura
Não está à tua altura
Pois parou no amor do Zé
BeatrizNapoleão

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Silêncio Indesejado




Calada estou a procura
de ouvir tua voz
Calada estou a espera
de tua voz ouvir
Mas o silêncio é feroz,
pois, calada está tua voz,
que não chega até mim
BeatrizNapoleão 

< Moça torta  - Matisse

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Alto Astral

Ser alto astral não é ser bobo-alegre. Muito menos ser só sorrisos em alguns momentos e grosseiro em outros.
É ser leve, é levantar rápido de uma queda e não ficar lamentando os arranhões, superar e tirar proveito tentando evitar futuros tombos. E se essa queda é forte e lhe provoca grandes feridas, sabe como proceder para cicatrizá-las, não fica pondo o dedo e aumentando o ferimento.
É saber relevar acontecimentos desagradáveis. É curtir os pequenos momentos de alegria como se fossem grandes. Pois, não despreza esses breves instantes, guarda cada um como especial. Pode até esquecer deles, mas seu coração - aparentemente sem motivo - vive cheio de alegria.
Quando alguém guarda os desafetos, as injustiças, o mal que outrem lhe fez junto com esses momentos especiais, sua alegria é podada e soa como falsa, então, em algum momento sentirá a gota d’água transbordar e, sentimentos como a amargura e a ira  lhe dominarão.
O alto astral superlota o coração com bons sentimentos, para quando algo ruim lhe acometer e um mal sentimento lhe penetrar, dure pouco tempo, pois logo cairá devido a falta de espaço.
BeatrizNapoleão (30/04/11)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Amor sublime

Amor pueril
Amor juvenil
      
Amor inocente
Amor decente
         
Amor maduro
Continuará no futuro
          
Amor que provoca
Mas, com boas trocas
          
Amor prudente
Amor contente
          
Amor lisonjeiro
Mas, sempre verdadeiro
         
Não veem diferença de idade
O que importa é a afinidade
Tudo é alegria
Devido a sintonia
Pode haver discordância
Mas, não há implicância
        
Uma é criança
Um mundo em esperança
A outra muito viveu
Mas, não envelheceu

Quem se opõe
Ao amor de filha e mãe?
BeatrizNapoleão

domingo, 28 de outubro de 2012

Letra e Música

Você é a letra e eu sou a música de uma linda canção. Somos completos sozinhos, mas nossa união tem harmonia, libera energia positiva. Há quem goste mais da letra, outros da música, porém a maioria prefere quando estamos juntos, pois tocamos na vida os melhores sentimentos, e isto, todos gostam de ouvir.    
BeatrizNapoleão (12/05/11)

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Efeito da Violência

Eu estava ali, passando por aquela calçada que andei anos e anos em boa parte de minha infância e adolescência ao ir para o colégio.
Naquele instante vivenciei um acontecimento semelhante ao que ocorreu por volta dos meus 11 anos. Um dia ao ir para a aula, pouco antes das 7h da manhã, a rua deserta, a dois quarteirões do colégio, avistei um cachorro do porte de um pastor alemão que se encontrava na calçada a qual eu transitava. Passei por ele quase sem respirar na tentativa de não ser percebida, mas, senti que estava sendo seguida. Atravessei a rua passando para o outro quarteirão do lado que ficava a parte detrás do Colégio Batista, ainda teria que andar mais 100m e dobrar a direita para chegar ao portão de entrada. Tinha conhecimento que era pior correr, pois isso instiga um animal a atacar, então optei por passos pouco apressados, mas, firmes, procurando disfarçar o medo. Meu coração acelerando mais que meu caminhar ao escutar o cachorro com suas passadas na mesma cadência que as minhas e a respiração ofegante, que soava aos meus ouvidos em tom sussurrantemente assustador como: - Vou te pegar! Vou te pegar! Vou te pegar! Eu visualizava aquela língua de fora entre as arcadas brancas, aproximando-se de mim, mais e mais! Até que num breve momento senti a pontada de uns dentes em meu tornozelo. Parei repentinamente tesa, e gritei! Dei graças a Deus a rua estar deserta, pois, ao olhar para trás vi que, o cachorro nem por um momento havia me seguido, continuara seu percurso na calçada oposta, quase sumindo de vista.
O que o medo é capaz de criar! Lutei contra esse tipo de medo até conseguir superá-lo. Por sorte no final da adolescência já tinha adquirido segurança, não permitindo que nenhuma insegurança me dominasse.
Nesta tarde, ao passar pela mesma calçada – novamente a rua deserta, apesar de não haver mais espaço para nenhum carro estacionar –, não era mais o cachorro que me seguia, e sim, uma moto. Ouvia aquele som crescendo forte e rapidamente. - E se a moto parar ao meu lado? Então lembrei o que vivenciei na infância, e do que ocorreu no final do ano passado, próximo à minha casa fui assaltada à mão armada por  dois homens numa moto, um permaneceu ao volante, e o que desceu "pediu delicadamente" meu celular: - Se não quiser levar um tiro na cabeça passa o celular! Com aquela voz de quem não tem tempo a perder.
Hoje vi-me novamente entregue a imaginação negativa, controlada pela força do medo de quem já esteve vulnerável. Então, resolvi enfrentar a situação, olhei determinada para trás, porém desta vez a moto passou sem sequer perceber minha presença.
Infelizmente, já não sou tão segura quanto na adolescência, o barulho de motor em duas rodas me deixa mais insegura que latidos em quatro patas.
BeatrizNapoleão (16/05/11)

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Eterna Saudade

E de repente... cinco anos sem ouvir a sua voz e seus comentários coerentes. Sem sentir o seu cheiro de perfume agradável, sem olhar para o céu em seus olhos, sem a sua alegria em participar de uma mesa de jogo de baralho.
E de repente, com tantos "sem". Sem ter a sua presença física. Sim! A presença física, pois você se faz presente de muitas maneiras, em certos livros, filmes ou músicas, vejo a sua alegria com o que lia, via ou ouvia. Chego a lhe escutar cantar com sua voz desafinada - o que é afinação para meus ouvidos, pois lembro de sua satisfação quando cantava. Quando leio ou assisto algo e, julgo que você gostaria, sinto uma inquietação por não poder lhe indicar.
Lhe vejo: Ao observar alguém tomar café com muito gosto ou, quando como algo que você se deliciava degustando; Em reuniões familiares, que vez por outra ainda me pego lhe procurando para saber se alguém já lhe serviu; Quando estou brincando com a Sophia, sua tão sonhada trineta, e que, por pouco você não conheceu.
Em várias situações lembro dos seus conselhos. Muitas vezes sinto falta do seu abraço gostoso, seu carinho. Acho graça ao lembrar de certas coisas bobas que lhe incomodavam a ponto de lhe deixar irritada - quantas vezes lhe fiz rir nessas horas de cara amarrada!. E, lhe percebo em mim: nos meus atos quando reservada sem querer interferir na vida dos outros e, detestando quando tentam interferir na minha; quando digo algum ditado; no meu gosto por batons e esmaltes vermelhos; em algumas ponderações; em sempre dizer sim, quando me chamam para sair; no prazer em dançar; em adorar viver. 
Como foi bom ter tido sua presença!
Saudades, mas sem tristeza. Um leve aperto no coração, afinal, já faz um bom tempo e, quando perdemos o que é bom sempre nos fará falta!
Beijos de sua filha que lhe tem um enorme carinho e, sempre lhe amará,
BeatrizNapoleão


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Sem esforço não há mudança

Há palavras sábias que são úteis para alguns que as escuta, visto que logo procuram pôr em prática o que ouviram. Porém, inúteis para alguns que as profere, pois só conseguem verbalizá-las. Repassam o que leram ou ouviram por achar bonito, mas não têm a menor capacidade de tal realização, pois na verdade não se esforçam para isso. Contudo, sempre cobram esses exercícios daqueles que convivem, como se esses fossem hábitos seus.
BeatrizNapoleão

domingo, 23 de setembro de 2012

Até Já

Não temas!
Mesmo que eu vá, sempre irei voltar
A minha vida precisa desta ida
Não há traição, apenas solidão
Solidão com contentamento, nada de lamento
Solidão na caminhada, mesmo com multidão na estrada
Se te queres em mim, deixa-me em ti
Assim, essa nossa energia emanará onde quer que eu vá
Não quero me iludir, e sim, saber onde ir
Quero aprender, para crescer
Quero viver mais, sempre em busca da paz
Quero amadurecer, para melhor ser
Quero me encantar, para melhor amar
Procurarei entender o teu modo de ser
Não se preocupe com a hora, não haverá demora
Se precisares de um ombro amigo, logo estarei contigo
E sempre que voltar, é contigo que irei ficar
Se estarei bem sozinho, o que direi com o teu carinho!
BeatrizNapoleão

Desconstrução do Amor

Há pessoas que sabem conquistar o amor de outra. De uma maneira tal que, parece indestrutível. E seria! Se, curiosamente, essa própria pessoa que teve o dom da conquista desse sentimento tão forte e nobre, não causasse gradativamente a destruição desse amor.
BeatrizNapoleão (12/02/09)

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dia do Irmão

Nunca havia questionado se existia uma data comemorativa para o dia do irmão. Mas li agora há pouco que hoje é este dia, então senti vontade de escrever algo.
Irmãos são filhos do mesmo pai e/ou da mesma mãe. Normalmente são criados juntos, obtendo a mesma educação. Mas, devido suas diferenças: seja de sexo ou temperamento, é comum formarem uma personalidade antagônica.
Infelizmente, existem irmãos que vivem em conflitos, sempre estão discutindo seriamente. Há ocasiões de brigas pesadas. Alguns deixam até de se falar. Muitas vezes não é a questão das diferenças que ocasiona essas brigas - podem até ser semelhantes na maneira de ser, ou justamente por isso -, mas sim, o egoísmo, a falta de respeito; de limite; de tolerância. O que lamentavelmente torna impossível a convivência. Outros até vivem em divergência, não concordam em quase nada, mas o amor é maior que as crises, a ponto de superarem os desentendimentos.
Mas, o Dia do Irmão, comemora àqueles que vivem em harmonia. Podem divergir em várias situações e gostos, morar em casas separadas, cidades ou países, porém, o amor; carinho; respeito; tolerância... fazem parte de seus relacionamentos entre si.
Bem! Numa data como esta, para mim fica impossível não homenagear meus irmãos.
Meus pais tiveram a coragem e o prazer de ter 12 filhos. O sexto faleceu ainda bebê. Então, sempre fomos 11, seis homens e cinco mulheres.
Sendo a caçula, já nasci tendo alguns irmãos com mais de 18 anos. Aos dois anos fui tia.
Não vou falar por nenhum deles, apenas por mim. Minha visão de irmão e o que sinto.
Irmão é aquela pessoa que é filha do meu pai e da minha mãe. É aquele que me protegeu, deu carinho, cuidou, ensinou, brincou e me amou a vida inteira, e continua sendo assim até hoje. Nunca nenhum deles me deu as costas, sempre procurando me incluir em suas vidas e me tratando com afeto. Inevitavelmente em algum momento, alguns deles podem ter sido invasivos a ponto de me desagradar, mas nada que não tenha sido contornado e superado. É natural que tenha aqueles mais próximos, devido a maior convivência, afinidade e prestabilidade, mas, meu relacionamento com todos é dosado de amor, carinho, respeito, gratidão, compreensão, tolerância e umas boas pitadas de humor. Amo muito! Adoro estar em suas companhias, com todas nossas diferenças, mesmo que eu discorde ou desaprove em algum momento a atitude de um ou de outro. Conheço intimamente cada um. Sei de seus defeitos e valorizo suas qualidades. 
Agora somos 10 - nosso irmão Roberto (Bebeto para mim) nos deixou com saudades -, todos com mais de cinquenta anos, mas não perdemos a espiritualidade, a mesma maneira de brincar um com o outro, de ter crises de risos, de estar atento quando um de nós precisa de algo.
Agradeço a Deus por esta herança que meus pais me deixaram. Foi a melhor que eu poderia ter recebido. Como a cada irmão: Wazinha (Walkyria), Gilberto, Bebeto (Roberto), Tetê (Tereza), Pio, Mario, Dacinha (Graça), Zé (José Alberto), Chiquinho (Francisco) e Suly (Soledade), por tudo que fizeram por mim e pela forma especial que sempre me trataram. E meus cunhados e cunhadas, os irmãos que meus irmãos me deram: Zé Carlos, Bidico, Socorro, Martha, Luana, Anchieta, Reginaldo e Rochelle.
Não poderia deixar de agradecer também aos irmãos que não são de sangue, amigos especiais que passaram a fazer parte da minha vida, da minha família. Pessoas essas que eu posso contar igualmente, e por quem sinto muito amor e admiração.
BeatrizNapoleão

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Procurando Viver Bem

Há pessoas que, se orgulham por ficar exaltadas, agressivas, quando estão numa situação de desentendimento com outra. Algumas até dizem: - Boto pra quebrar! Digo o diabo! Sou é valente!
Eu, particularmente, envergonho-me se ajo dessa maneira. Não tenho medo de enfrentar alguém, principalmente quando sou provocada e fico com raiva. Num momento desses penso que tenho superpoderes que, sou capaz de vencer qualquer um - coisas de quem está fora de si. Mas, é exatamente por isso que me esforço para não agir com agressividade - firmeza, sim -, pois, se sou tão forte, devo ter humildade, não preciso mostrar para os outros o quão valente sou. Até mesmo porque é tão feio ser briguenta! Só afasta as pessoas agradáveis.
Esforço-me para manter a calma, não ligo se acham que tenho sangue de barata, pois o que quero conseguir é resolver os problemas, os desentendimentos, não, aumentá-los. Quero que o sentimento de paz e harmonia reine ao meu redor. E se eu agir com rispidez não serei bem sucedida.
No final o que importa não é quem bateu mais, quem ficou menos machucado. Em alguns casos, isso pode revelar um vencedor de uma briga, mas na vida, vence quem vive melhor e, vive melhor quem sabe apaziguar, harmonizar, não quem grita mais, quem dá o soco mais forte, quem diz a última palavra. Às vezes, esta é tão sórdida que não vale a pena falarmos mais nada, só nos resta o silêncio e, de preferência sair de fininho, para bem longe desse ser desagradável.
BeatrizNapoleão (01/10/05)                                                                                                                              Fotos: Internet

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Viajando entre artes

Esta terra castigada.
Castigado é o sertão.
Esta terra que me agrada.
Agrada a mim, desde então.
Este então que vejo seca,
E no meio desta seca
Umas flores em pendão.
Isto é pura exceção.


A boiada que passa.
O gado magro sem perdão.
Tudo cinza,
Muito cinza,
Mas ao longe um belo lago,
Ao redor verde limão.

À direita e à esquerda
Serras e morros como cordilheira anã.
Verdadeiras obras de arte,
Que emanam atração,
Atraindo-me como canção.
Lá acima de um morro
Uma casa alegria,
pois de longe avistamos
a pintura em harmonia.


Galhos secos, galhos secos.
Pedregulhos pelo chão.
Terra cor de graveto,
Entristecendo o coração.
Um incêndio há pouco tempo,
Controlado, embora o vento.


Minha vista outra casa avista.
Essa não tem felicidade,
Pois é longe da cidade e
É feita camaleão,
É da cor da região.


Carnaúbas em meio d'água,
Uma miragem cercada de tons cinzas.
Carnaúbas verdes, carnaubal,
Destacando na secura sem igual.



Árvores sem vida: arte moderna.
Uma beleza entristecida,
Como uma peça dramática,
Cheia de tristeza e no fim, morte certa.



Sol a pino, céu azul, e nuvens tão brancas,
Provocando um clarão,
Realçando a paisagem,
Dando às cores belas tonalidades.



Curva vai, curva vem.
Sobe e desce, e tudo bem.
Numa estrada longa e boa,
Que vai dar mais além.


Seco, seco, seco, verde.
Seco, seco, seco, verde.
No horizonte as montanhas.
Por mais que eu tente,
Não consigo retratar
Esta galeria de arte que é meu Ceará.

BeatrizNapoleão (01/09/12)


Fotos: Internet

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Devo confessar:

Não gosto quando mal conheço uma pessoa e ela já se sente íntima só porque gostou de mim, se comportando de uma maneira que me desagrada, sem ter trato para perceber a minha maneira de ser.
Não gosto que alguém me trate com intimidade só porque é amigo de um irmão ou de algum amigo meu, agindo como se estivesse com um deles, não comigo.
Não gosto que um desconhecido fique me pegando, faça carinho em mim.
Não gosto quando uma pessoa acha que tenho obrigação de sentir o mesmo que ela sente por mim, sem que ela tenha me conquistado como eu a conquistei.
Não gosto quando alguém age com grosseria só porque o outro fez algo que o desagradou.
Não gosto de preconceito agressivo. Às vezes não conseguimos evitar um julgamento em nosso íntimo, pela maneira que alguém está vestido; pela maneira de falar; pelo tipo de tatuagem; por fazer parte de um determinado grupo... Mas, falar mal de alguém é desagradável. Quando é alguém que você nem conhece, é um agravante. Destratar, pior ainda.
Não gosto de estar num lugar super bacana e divertido cercada por pessoas que nada tenham a ver comigo.

Adoro quando conheço alguém e nos identificamos de cara, e se tem a sensibilidade de se sentir íntimo na medida.
Adoro carinho dos amigos. Pois eles sabem que tipo de carinho podem me dar.
Adoro quando estou só e posso curtir meus momentos, como e no tempo que gosto.
Adoro reunião com a família. Aquela bagunça, um "implicando" com o outro (desde que todos curtam) e muita risadaria coletiva.
Adoro sair com os amigos. Bons papos, diversão garantida.
Adoro quando uma pessoa amiga me telefona por saber que pode contar comigo.
Adoro lembrar quantos amigos já pude contar e, saber que ainda posso.
Adoro a liberdade de poder escolher o momento para ficar só, com a família ou com um ou mais amigos.
E, adoro que meus amigos e familiares não me cobrem o que devo fazer e com quem devo estar, e entendam que escolher estar com outro e não com ele, nem sempre significa preferir um ao outro.
BeatrizNapoleão

domingo, 19 de agosto de 2012

Quase Uma Saudade

Quase sinto saudades de quando ficávamos abraçadinhos, no maior afago.
Quase sinto saudades dos nossos beijos, ardentes ou suaves.
Quase sinto saudades das nossas mãos ou pés entrelaçados enquanto assistíamos a TV
Ou algum filme em casa.
Quase sinto saudades de quando nos olhávamos com ternura ou desejo.
Quase sinto saudades de quando ríamos sem parar.
Quase sinto saudades da nossa cumplicidade, que nos dava tranquilidade.
Quase sinto saudades das nossas afinidades.
Quase sinto saudades das nossas diferenças.
Quase sinto saudades de quando varávamos a madrugada com conversas apaixonantes.
Quase sinto saudades dos nossos desejos desvairados.
Quase sinto saudades do nosso sexo sem pudor, mas cheio de paixão.
Quase sinto saudades dos nossos planos para o futuro.
Quase sinto saudades do nosso amor desmedido.
Quase sinto saudades do nosso relacionamento a beira da perfeição.
Quase sinto saudades por não termos vivido a continuidade do que jamais viveremos.
Quase sinto, pois tudo isto é uma saudade não sentida,
Por nós termos passado da medida.
BeatrizNapoleão

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Cravando o Amor

Tristeza não é comigo!
Alegria, sim!
Mas às vezes como um castigo
Ela vem até mim

De briga eu corro longe
Mesmo sem ser covarde
Mas quando surge não sei de onde
Tenho que tomar parte

Inveja, essa eu quero distância
Não sou nem ordinária!
Mas os que vivem em discrepância
A usam na diária

Amor, este sim!
É bom de qualquer jeito
O quero sempre em mim
Dentro ou fora do peito
BeatrizNapoleão

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Para Viver Melhor

Não se descabele!
Você "despenteado" não impedirá que algo ruim aconteça. E não é seu "cabelo arrumado" que causa o desespero.

Não pragueje!
No lugar de verbalizar palavrões ou qualquer palavra carregada, que causam mal estar para quem está perto, invente palavras malucas, tipo: rarequestibinose, trulemigruste, imprenfidracone... Comigo funciona como um desabafo. E ver minha filha rindo e dizendo: "Tu é muito engraçada, mãe!" ameniza minha irritação.

Quando algum atendente não se esforçar para resolver o seu problema, não bote cara feia, nem muito menos altere a voz. Mantenha a classe (mesmo que seja com uma postura mais rígida) e repita o que deseja, se não resolver, chame o superior do estabelecimento. Você não dá vexame - podendo até perder a razão -, e resolve o seu problema.

Se um amigo de longas datas não é mais o mesmo, não lhe parece mais tão receptivo como antigamente, talvez ele tenha mudado e se transformado num boçal ou, quem sabe ele evoluiu, mudou de hábitos, gostos e você continua a mesma pessoa de sempre. Talvez ele até ainda goste muito de você, mas com interesses e assuntos diferentes dos seus é impossível ser como era outrora. Então, no lugar de você ficar falando mal desse amigo, deixe-o ser o que é. Se boçal, não vale a pena a amizade; caso seja apenas mudanças aceitáveis, que fique nos raros encontros, desde que sejam prazerosamente sinceros.
BeatrizNapoleão

terça-feira, 17 de julho de 2012

Basta!

Basta!
Não te quero mais
Basta!
Já doeu demais

Não cabes mais em mim
Eu não suporto assim
Por favor me deixe em paz
Acho que mereço a paz
A solidão não é o fim
Sei que não é ruim

Pensei em recomeçar
Fechar os olhos, apagar
Esquecer o que passou
O estrago que causou

Eu não vou negar
Não consegui me controlar
Precisei inventar
Pra conseguir continuar

Se tem que ser assim
É porque não és pra mim
Se eu tenho que aceitar
Por que não podes suportar?

Vejo que chegou ao fim
O amor não é assim

Basta!
Eu não quero amar
Se não for pra cantar,
For apenas pra chorar

De que vale o amor,
Se nos causa tanta dor!

Agora tenho que esquecer
Conseguir sobreviver
E poder me refazer
BeatrizNapoleão (15/02/04)

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Rolling Stones 50 anos

Rolling Stones - Miss You


Para nós que gostamos dos Rolling Stones é uma "satisfaction" eles terem chegado até aqui. A banda de rock na ativa com mais anos de carreira. Rock de primeira, irreverência e energia são suas maiores características.
"Ao lado dos Beatles, foram considerados a banda mais importante da chamada Invasão Britânica ocorrida nos anos 1960, que adicionou diversos artistas ingleses nas paradas norte-americanas e que decisivamente influenciaram na música pop e nos costumes.
Ah, vai! Você pode até detestar rock, mas tem que admitir que será muito difícil aparecer outra banda que revolucione uma geração e faça sucesso por mais de 50 anos.
BeatrizNapoleão

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quando a solidão é um fardo

Algumas pessoas não sabem lidar com a solidão. Colocaram na cabeça que ela sempre foi e sempre será inteiramente vilã. E quando estão envolvidas com sua presença é um deus nos acuda. Deixam-se dominar pelo seu lado cruel, aquele que vem acompanhado de sua amiga e nossa inimiga, depressão. Não sabem que, na maioria das vezes, podem neutralizar esse lado, se aliando a ela e aproveitando os momentos em que ela se faz presente para relaxar, se conhecer melhor, orar, evoluir, criar...
Umas ficam sensíveis, fragilizadas. Outras, com medo de demonstrar fraqueza, agem com rispidez, aspereza. Cada uma reage de acordo com sua personalidade, mas em todos os casos pode haver depressão.
As do tipo mais depressivas evitam qualquer contato, deixam de sair de casa, fogem até do telefone ou da internet, e a cada dia ficam mais sozinhas. Virando um círculo vicioso, já não sabendo mais se a depressão é porque estão só, ou se estão só devido a depressão.
As sensíveis, até procuram se relacionar, mas por tudo se magoam, ficando tristes e chorosas. Muitas vezes se culpam por tudo que acontece.
As ásperas são as mais difíceis de lidar. Pois, fazem de tudo para se afastar da danada, mas da maneira que agem acabam afastando quem poderia lhes tirar dela. Em alguns momentos procuram ser carinhosas e alegres, mas por qualquer mal entendido, vão logo exibindo suas garras e arranhando quem julga ter lhe atacado. Normalmente culpam todos por tudo que acontece de errado na sua vida. É o tipo que, pode até ser casada e ter filhos, mas, inevitavelmente, mesmo esses, não suportarão a pressão e sempre que possível irão evitá-la. Pessoas assim, conseguem brigar até pelo Facebook.
Bem! Isto já é assunto para outra crônica.
BeatrizNapoleão

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Amor não consumado

Dois jovens ao se conhecer entrançaram seus corações. Mas não era dia de alegria, e uma maldição se estabeleceu.
Eles não se assumiam, por nunca terem tido coragem de assumir que se amavam.
Cada um querendo ser mais durão que o outro, numa queda de braço sem vencedor. Fingindo não ser verdade a verdade que era.
Ela falava de outros amores. Ele agia como se nem soubesse o que era amar.
Ela entristecia com aquela aparente falta de amor. Ele invejava e ciumava os amores dela.
Ela enlouquecia a pensar onde iriam chegar. Para ele bastava que iriam continuar.
Ela falava em terminar. Ele a ignorava, e nem tentava conquistar.
Um certo dia, ela casou com José. Ele, casou com Maria.
Ela acostumada a falar de amor, amou José. Ele no vício de esconder o que sentia, não conseguiu amar Maria.
Os anos passaram... José morreu.
Maria não suportou e, um fim deu.
O destino os fez reencontrar. Ela de coração aberto, pois agora sim, sabia como era ser feliz numa vida a dois. Ele não a perdoava por essa felicidade.
Voltaram a se encontrar, mas nunca chegaram a conversar.
Então, ela queria sexo com amor. Ele queria sexo com rancor.
Depois de tantos anos em queda de braço, seus cotovelos doíam, e esses "amantes" já haviam perdido a força daquela luta. Mas ainda assim, ele quis continuar na mesma posição. Por isso, ela foi fechando seu coração.
Hoje, não há queda de braço nem fingimento, pois, não há mais sentimento.
BeatrizNapoleão

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Desencontrado

Você nunca me enganou,
Mas, eu me enganei
E por me enganar
Te amei

Você nunca se mostrou,
Mas, eu me mostrei
E de tanto me mostrar
Errei

Você sempre lutou,
Mas, eu nunca lutei
E por não lutar
Fiquei

Você deixando um vazio
Mas, eu sempre preenchendo
E por muito preencher
Transbordei

Você sempre me querendo
Isso temos de igual
Talvez este seja o mal
BeatrizNapoleão

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bendita Efemeridade!

Em meu quarto, quando eu passava ao lado da cama para ir até o armário, bati meu pé com entusiasmo na maçaneta da gaveta (minha cama tem duas gavetas de cada lado, e as maçanetas têm uma pontinha "safada").
Aaaaaaai! Machuquei em cima do osso que fica logo abaixo do tornozelo.
A pancada causou uma dor tão grande que me joguei na cama. Torcia-me de um lado para o outro mordendo o travesseiro para que ninguém ouvisse meus gemidos - é uma dor que vai ao extremo, chegando ao clímax, mas, por sorte sua ação é muito rápida, o que me lembrou o gozo. Pensar isso me fez rir. Aonde chega meu humor! Sempre procurando alguma alternativa para aliviar minhas dores. Em pleno desespero da dor, ria. Torto, risos entre caretas, mas ria (impossível rir descontraidamente num momento desse).
É um gozo ao contrário, enquanto um dá prazer, a outra desespera. Ainda bem que são efêmeros, pois nos dois casos a intensidade é tamanha que eu desmaiaria se durassem mais que um minuto.
BeatrizNapoleão

Sem voltar atrás

Qualquer um que caminhe cada centímetro avante, sua estrada será radiante.
BeatrizNapoleão

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Soltando as Correntes



Vai coração!
Diz algo!
Palpita!
Manifesta um desejo!


Vai coração!
Bombear o sangue é teu trabalho vital,
Mas, por que a greve ao sentimental?
Quanta indolência!
Haja paciência!

Vai coração!
Reage!
Age!
Procura um instrumento para o grande sentimento.

Vai coração!
Embala o sonho mesmo ausente
Para que ao tirar o papel o amor esteja presente.

Vai coração!
Um olhar, um cheiro, um toque...
Consente que a mão entrelace mão,
E a boca sinta o gosto da união.

Vai coração!
Tira a âncora das profundezas
E navega nas correntezas

Vai coração!
Abre a grade,
E permite a liberdade!

Vai coração!
Deixa de covardia,
E aceita a alegria!

Vai coração!
A vida é mais vida
Quando se morre de paixão.
BeatrizNapoleão

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mais páginas ao dicionário

Um "eu te amo" deve ser sincero.
Um "você é linda" deve ser para quem tem essa característica ou, vir de alguém que nos ama, pois, nesse caso, essa dita beleza é do que está além dos olhos.
Um "é meu amigo" deve ser dito quando se é amigo.
Porém, hoje em dia temos o "te amo" = "gosto muito de você", o "você é linda" = "tua beleza me agrada" e o "é meu amigo" = "é meu colega"; como uma gíria.
Mas tudo está ficando tão confuso que já não sei mais quem realmente ama quem, quem realmente é lindo e quem realmente é amigo, pois as palavras parecem não ter mais seus verdadeiros significados.
Lindo é tudo que se quer elogiar com apreço. Fico até constrangida quando não uso o "lindo", pois parece que não estou gostando do que vejo.
Amigos são quaisquer pessoas que se conhecem superficialmente e já sorriram juntas em ocasiões sociais.
O sentido das palavras estão tão absurdos que até o "literalmente" não significa mais literalmente. Uma amiga muito querida ao contar-me uma história falou: "Fiz uma caminhada no Parque do Cocó com os pés literalmente dentro do mangue". Então, perguntei: - Tu entraste no mangue? Ela riu, e disse: - Você leva tudo ao pé da letra!
Como vou saber quando: literalmente é o mesmo que próximo ou quando é o que realmente significa?
Como vou saber se algo ou alguém é de fato lindo ou apenas tem uma certa beleza?
Como vou saber se duas pessoas são amigas ou elas nem sabem o que é isso?
Como vou saber se alguém ama quem diz amar ou apenas acha legal?
Acho que precisamos criar novas palavras!
Beatriz Napoleão

domingo, 10 de junho de 2012

Tem hora para tudo

Fertilidade
Hora de reproduzir

Briga
Hora de apaziguar

Sonho
Hora de realizar

Encanto
Hora de conquistar

Dúvida
Hora de refletir

Medo
Hora de superar

Prazer
Hora de aproveitar

Intriga
Hora de afastar

Beleza
Hora de admirar

Compaixão
Hora de ajudar

Inspiração
Hora de criar

Família
Hora de entender

Amigos
Hora de valorizar

Verdade
Hora de aplicar

Educação
Hora de praticar

Ilusão
Hora de crescer

Violência
Hora de aniquilar

Justiça
Hora de exercer

Felicidade
Hora de permanecer

Amor
Hora de compartilhar
Beatriz Napoleão

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Conquistando ou Repelindo


Posso fazer ou dizer muito do que eu sinto,
Na intenção de lhe conquistar, para que você me ame.
Como posso inventar o que não sou ou sinto,
Para que você deixe de me amar, e eu possa me afastar.
Dependendo de suas atitudes para comigo,
Escolho o que me for mais conveniente.
Beatriz Napoleão
(1999)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Insônia

Uma e meia da manhã...
Hora de dormir
Para a cama devo ir
Acordarei às 7h

Então, boa noite!
Antes tenho que orar
Para um leve sonhar
Às 7

Tento dormir
Mesmo sem conseguir
Mais uma oração
Para a paz no coração
Às 7

Pensando em alguém
Espero acordar bem
Porém, tenho que dizer
Lembrei foi de você
Às 7

Vem os pensamentos
Te encontro nos tormentos
Fico inquieta
Não esqueço a meta
Às 7

Quero teu abraço
Não sei o que faço
Sinto o teu beijo
Mas logo o deixo
Às 7

Entre o sonho e a realidade
Não escondo a verdade
Dormir, quem me dera!
Já passou uma era
Às 7

Cinco horas da manhã
Já não sou mais tua fã
Levanto e escrevo o que está na cabeça
Para que eu não esqueça
Às 7

Bem que eu queria
Que não fosse dia!
Hora de levantar!
Não tem como evitar
São 7
Beatriz Napoleão

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Amor é Alegria

"Porque um grande amor só é bem grande se for triste"
Descordo!
Aceito bem esta frase em poesia. Pois ela tem beleza na dor e na alegria do amor!
Mas, na minha vida um amor é grande pela cumplicidade, intensidade, intimidade, bom humor, carinho, respeito, entendimento, atração, tesão, que tenho com a pessoa amada.
Tristeza no amor sugere: desentendimento, egoísmo. E desentendimento e egoísmo sugerem: término, não grandeza.
Confundimos amor com tristeza, quando deixamos ele abalar, quando temos medo de perdê-lo. Confundimos amor com tristeza, porque alguns amam sozinhos. Confundimos amor com tristeza, porque raramente há amor que não tenha seu momento de fraqueza. Confundimos amor com tristeza, porque por maior que seja ele, não há garantia para que seja eterno, e se ele acaba, a tristeza vem, mas não é o amor que nos deixa triste, e sim, o seu fim.
Beatriz Napoleão

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Tenho Pressa!

Já não gostava de muitos programas de televisão. Já não gostava de umas tantas músicas de sucesso efêmero. Já não gostava de assistir uns tipos de filmes. Já não gostava da futilidade de certas conversas. Já não gostava de brincadeiras sem graça, que só é engraçada para quem as faz. Já não gostava de um determinado tipo de gente. Já não gostava de tantas coisas...
Não que eu seja uma pessoa difícil de gostar, pelo contrário! Gosto muito de muitas coisas. E é por isso mesmo que me incomodo tanto em perder tempo com o que para mim é feio ou desagradável. Tanta coisa boa para ver, ouvir, assistir, ler, sentir, fazer, VIVER! Por que perder meu precioso tempo com o que para mim é inútil?

E depois que entrei nos 50 anos, passei a ficar irritada com essas "diversões invertidas", o que chamarei de agora em diante de coisas "indivertidas".

Cada vez que estou vivendo indivertidas, deixo de viver tantas coisas maravilhosas... Há programas de TV divertidos sem que me deixe imbecilizada, outros educativos, outros culturais. Há tantos livros que me dão lição de vida, me fazem questionar, crescer, aprender. Há músicas que me deixam tão calma que me sinto levitando - uma paz semelhante a de uma oração -, outras aceleram meu coração a mil por hora, como uma paixão, e me transmitem uma felicidade como a tal. Há filmes que me fazem viver milhares de vidas e lugares, ou simplesmente sorrir. Há brincadeiras que todos se divertem e me deixam tão descontraída que chego a esquecer que tenho algum problema. Há pessoas que podem ser cultas ou analfabetas, ricas ou pobres, mas têm sabedoria, têm bom senso, bom coração, sabem ser verdadeiras, dão valor à amizade, sabem respeitar o próximo.

Tenho pressa, pois, não sei quando vou partir e, ainda que eu viva mais 53 anos, por mais que eu corra, por mais que eu tente preencher meu tempo com tudo que eu gosto, morrerei sem conhecer, aprender e viver tudo que gostaria. Então, decidi que não irei desperdiçar meu tempo com o que não gosto.
Beatriz Napoleão

*Minha inspiração para escrever este texto surgiu enquanto eu escutava 
The Piano Guys - Steven Nelson (violoncelo) e Jon Schmidt (piano)

terça-feira, 15 de maio de 2012

Valorizando os bons momentos

Enxaqueca, labirintite, mal estar, fibromialgia... Palavras que meu corpo conhece bem suas ações.
Se você tem uma vida semelhante, não deixe que isso tire sua alegria de viver. É natural que não celebremos momentos como esses, mas também não precisamos nos deprimir.

É fato que, quando estou em uma crise, minha vida se transforma. Fico mais lenta, menos criativa, dependendo do nível dela não consigo sair da cama. É o meu momento céu de tempestade.
O melhor a fazer é respeitar seus limites; repouse, tome os medicamentos necessários, e aguarde melhorar. Quando passar, não fique perdendo tempo maldizendo o que ocorreu, retome o controle de sua vida, e passe a perceber e a dar mais valor a pequenas coisas boas que lhe cercam, assim, viverá muitos momentos céu de primavera.
Beatriz Napoleão

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Difamação

Pessoas que não têm integridade brincam com a integridade das que têm. Criam estórias denegrindo a outra e, afirmam ser verdade. Se divertem com suas mentiras, felizes por "achar" que conseguiram rebaixar à sua laia àquelas que não perdem o calibre. "Achar", porque, há quem possa até ser difamada, mas jamais perderá seu caráter.
Por isso, tenha cuidado com o que escuta! Você pode passar para frente algo que nunca aconteceu, por acreditar que aquela pessoa "amiga" falou a verdade, e com isso, quem sabe, contribuir para destruir a vida de alguém injustamente.
Beatriz Napoleão

domingo, 13 de maio de 2012

Maior Amor

Maio é teu mês
Melodia é tua voz
Mansidão é teu coração
Mistério é tua força
Maleável é tua atitude
Muito é teu amor
Marcante é teu ser
Maravilha é te ter
MÃE
Beatriz Napoleão

segunda-feira, 7 de maio de 2012

No Ponto Certo

Não me incomodo se alguém fala muito
Mas detesto quando alguém fala demais e não sabe escutar

Gargalhadas nos remetem a alegria
Mas perdem o valor quando são de deboche

Abraço é um carinho aconchegante
Mas é semelhante a uma camisa de força quando vem com falsidade

Uma boa crítica nos ajuda a crescer
Mas quando é venenosa pode nos deprimir

Família tem direito a dar palpite na sua vida
Mas jamais invadir sua privacidade

Você pode conhecer profundamente alguém
Mas poderá se surpreender até com você mesmo

Saber ser criança quando adulto é se manter jovem
Mas ser infantil é razão de estupidez

Podemos nos esforçar para sempre agir da melhor maneira
Mas como ser humano em algum momento haverá um tropeço

O verdadeiro amigo é para todas as horas
Mas saiba que quando você precisar do ombro dele,
Ele pode estar precisando do seu
Beatriz Napoleão

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Depende da Circunstância

Se tudo que quebrasse não houvesse mais jeito
Não existiria reciclagem

Se tudo casasse
Não haveria solteiro

Se ser solteiro fosse ruim
Ninguém se separava

Se casamento fosse uma prisão
Não sairíamos do namoro

Se quantidade fosse sinônimo de fartura
Quem tivesse muitas dívidas estaria numa boa

Se o que não vemos não tivesse importância
Ninguém morreria ao ser contaminado por um vírus ou uma bactéria

Se só falarmos a verdade
Algum momento vamos magoar desnecessariamente alguém

Se você não ama por medo de sofrer
Nunca viverá a maior felicidade

Beatriz Napoleão

terça-feira, 24 de abril de 2012

Fortaleza, 286 anos

Parabéns, Fortaleza!

No dia 13 de abril de 1726, "nascia" Fortaleza.
O que era um povoado crescendo ao redor de um forte - com uma população estimada em 200 habitantes -, foi elevado à condição de vila. Mas só em 1799, após 73 anos, passou a ser a capital do Ceará, então, com uma população de 2.864 habitantes.

A palavra em latim "Fortitudine" (presente em seu brasão), que em português significa: "força, coragem" é o lema da cidade. Muitos podem até desconhecer este lema, mas não há quem não perceba esta força. Fortaleza cresce sem uma devida administração. Quem tem o poder, ignora necessidades que a população da capital do Ceará clama por solução. Mas alheia a isso, esta cidade não deixa de mostrar seu encanto, e o povo continua solidário e acolhedor.

Ontem, belas praias desertas, casarões, muros baixos, cadeiras na calçada, cidade pequena e tranquila. Muitos vieram de Portugal sozinhos ou com a família (como o meu trisavô materno) ou mesmo do interior do Estado para nela residir, conseguindo um emprego ou montando seu próprio negócio.


















Hoje, é o 5º município brasileiro em população, com 2.447.409 habitantes (Censo de 2010 - IBGE). Sua área é de 313.140 km². Clima tropical. Temperatura média de 29 ºC (alta) e 23 ºC (baixa). O Sol brilha a maior parte do ano, dando um colorido especial para nossos olhos. Continua com belas prais - a cor do mar fica entre o verde e o azul-turquesa -, que já não são mais desertas, algumas com coqueiros, prática de esportes, barracas com estrutura de restaurante e casa de show. Na Av. Beira-Mar, enconta-se um calçadão - onde diariamente se faz caminhada e cooper - com uma feirinha de artesanato, hotéis, lanchonetes, restaurantes e apartamentos com moderna arquitetura que, se unem à beleza natural da orla marítima seduzindo a quem por lá passa.
A culinária é de dar água na boca! Os pratos regionais vão de mariscos: lagosta, camarão, peixe, caranguejo... à comida do sertão: carne de sol, carneiro, feijão verde, baião-de-dois...

Polo de moda. Criações de bom gosto, da escala industrial aos estilistas.
Fortaleza também é cultura! Tem filhos ilustres e muito talentosos, Escritores, Atores, Diretores, Compositores, Cantores, Cineastas, Comediantes, Artistas Plásticos...
Fortaleza é isto e muito mais!
13/04/2012
Beatriz Napoleão
*Fonte de pesquisa: Wikipédia > http://pt.wikipedia.org/wiki/Fortaleza

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Esquecer para Viver

Preciso te esquecer!
Para poder lembrar de:
Olhar o céu e admirar suas estrelas;
Olhar a lua em noite de lua cheia;
Prestar atenção ao filme e saber sobre o que estão falando;
Ler o livro que não terminei;
Encontrar os amigos no fim de semana;
Concretizar aquele projeto que arquivei no computador

Preciso te esquecer!
Pois, se o tempo todo fico só a pensar em ti,
Onde encontro espaço para lembrar de mim?
Beatriz Napoleão

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Paixão Noturna

Música de: Chico Pio e Luciano Cléver
*Para ouvir a música clique no link abaixo

Já é tarde
Muito noite
E logo cedo ainda tão moço
Te verei partir,
A manhã se esvai em nossas bocas
Amanhã voz rouca de chamar por ti
Vem o tempo em rugas
E uma saudade intrusa a me lembrar de ti
Abro as cortinas do vidro, o açoite
Da chuva grossa a cair sem fim
Persiste infinda aquela noite
Que ainda é criança dentro de mim,
Mas que fazer se não domino o tempo
E a paixão prescreve se o dia nascer?
Vem ver o dia
Paixão já ida,
Sou só ferida no amanhecer

quarta-feira, 28 de março de 2012

Dia Mundial do Teatro

Parabéns, para essas pessoas que no drama; comédia; musical; infantil ou romance, numa ficção ou história real, por meio da fala; expressão corporal; música ou dança, nos entretêm; dão conhecimento; fazem questionar; rir ou chorar, nos levam a vivenciar experiencias, viajar no tempo e percorrer o universo humano através de suas atuações.
Parabéns, também a todos que direta ou indiretamente colaboram para que o espetáculo teatral seja realizado.
27 de março
Beatriz Napoleão

terça-feira, 27 de março de 2012

Pode chover, mas na medida!

Hoje, chuva.
Ontem, chuva.
Semana passada, chuva.
Ruas viram pequenos rios. 
A cidade alaga e sofre.

Por que, água, você dá prejuízo para alguns, destrói a casa de outros, impede que outros se desloquem e, logo que o sol retorna você se intimida e rapidamente desaparece?
Por que não se une com suas irmãs que foram para os rios ou com as que foram irrigar os secos campos, e procura um lugar onde fique a espera da seca voltar para aniquilá-la?

Ah! É a sua maneira de protestar contra o descaso de quem poderia modificar o que acontece com o excesso de chuva nas cidades e a falta dela no sertão?!

Quem dera nossas ruas fossem projetadas de maneira que não acumulassem água!
Quem dera cada buraco que aparecesse fosse dado fim! Principalmente antes que a chuva chegasse e transformasse um pequeno buraco numa cratera.
Quem dera que todas as ruas de todos os bairros e cidades tivessem saneamento básico! 
Quem dera cada palmo do sertão na época da seca fosse verde, pois, tivesse reservatórios, açudes, turbinas eólicas, algum mecanismo que irrigasse seu chão tão castigado!
Quem dera, a chuva tivesse coração, não destruísse casas e plantações e soubesse a hora de se retirar.

Quem dera, o inverno fosse cidade molhada, sem sol e clima ameno - sem nenhuma consequência negativa -, e não houvesse seca, apenas épocas sem chuva, com um belo céu azul e brancas nuvens, mas, tudo verde!
Beatriz Napoleão

sábado, 24 de março de 2012

Joias Sem Valor

E cada vez que ele escorregava e a magoava redimia-se comprando uma bela joia. Quanto maior o deslise, maior era o valor da compra. Ela fechava os olhos para o ocorrido e ficava a admirar aquela beleza. E o brilho do seu presente ofuscava a sua dor, de tal maneira que ela mesma não a enxergava.
Um certo dia, quando sua mocidade já havia partido, ela se viu em frente de todos aqueles objetos que já não tinham mais valor algum - não para ela, que tinha uma vida estável e confortável. Então, pensou: - Para que serviu tanta vaidade a exibir uma beleza luxuosa em meu corpo? O bom mesmo era não ter sido comprada, e sim, amada com intensidade e respeito. Até gostaria de ter essas joias, mas como lembranças por comemorações de cada ano ou momento de amor. Que o valor delas fosse por representarem a união e a felicidade, não um valor material que traz tristes lembranças de situações que ela adoraria não ter passado, e gostaria imensamente de esquecer, mas, estão cravadas em cada pedra, cada metal, cada designer.
Agora essas joias doem em suas mãos, causam um peso insuportável em seu corpo e deixam seus olhos em poças.
Beatriz Napoleão

segunda-feira, 19 de março de 2012

Qualquer Felicidade

Felicidade, esta cidade.
Felicidade, nossa amizade.

Felicidade, o coração.
Felicidade, meu irmão.

Felicidade, a alegria.
Felicidade, essa cantoria.

Felicidade, o acontecer.
Felicidade, qualquer lazer.

Felicidade, prazer.
Felicidade, estar com você.
Beatriz Napoleão