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terça-feira, 27 de março de 2012

Pode chover, mas na medida!

Hoje, chuva.
Ontem, chuva.
Semana passada, chuva.
Ruas viram pequenos rios. 
A cidade alaga e sofre.

Por que, água, você dá prejuízo para alguns, destrói a casa de outros, impede que outros se desloquem e, logo que o sol retorna você se intimida e rapidamente desaparece?
Por que não se une com suas irmãs que foram para os rios ou com as que foram irrigar os secos campos, e procura um lugar onde fique a espera da seca voltar para aniquilá-la?

Ah! É a sua maneira de protestar contra o descaso de quem poderia modificar o que acontece com o excesso de chuva nas cidades e a falta dela no sertão?!

Quem dera nossas ruas fossem projetadas de maneira que não acumulassem água!
Quem dera cada buraco que aparecesse fosse dado fim! Principalmente antes que a chuva chegasse e transformasse um pequeno buraco numa cratera.
Quem dera que todas as ruas de todos os bairros e cidades tivessem saneamento básico! 
Quem dera cada palmo do sertão na época da seca fosse verde, pois, tivesse reservatórios, açudes, turbinas eólicas, algum mecanismo que irrigasse seu chão tão castigado!
Quem dera, a chuva tivesse coração, não destruísse casas e plantações e soubesse a hora de se retirar.

Quem dera, o inverno fosse cidade molhada, sem sol e clima ameno - sem nenhuma consequência negativa -, e não houvesse seca, apenas épocas sem chuva, com um belo céu azul e brancas nuvens, mas, tudo verde!
Beatriz Napoleão

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