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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

FELIZ 2012!

Eu acredito num mundo melhor!
E você?
Que em 2012 você faça parte dos que compõem esse mundo e viva cercado de pessoas iguais, se afastando daquelas que o depredam.
No início do ano comece a plantar no seu jardim mais paz, amor, amizade, carinho, doação, companheirismo, harmonia, paciência, atenção, caridade, compreensão, prudência, ética, moral, humildade, justiça..., não esquecendo de constantemente fazer uma limpeza nas ervas daninhas que insistem em aparecer quando damos uma descuidada. Para que a cada momento da sua vida você colha somente o que plantar.

FELIZ 2012!
Beijos,
BeatrizNapoleão

Triste Retorno

Eu quis tanto que este ano acabasse.
Queria já estar em 2012,
Então eu voltaria para minha cidade.
Fiz tudo para que ele fosse rápido.
Mas não tive o controle desse tempo.
Parecia tão devagar...
Até que finalmente seus dias estão contados.
E ela vai embora antes dele
Para não mais existir no ano que vem.
Ah! As mudanças tão aguardadas não saíram como planejadas.
Agora o que eu queria era retroceder,
E viver este ano novamente bem devagarinho,
Sem nunca chegar dezembro,
Mesmo que longe da minha terra,
Assim, ela aqui permaneceria.
Mudanças vieram,
O que não mudou foi minha falta de aptidão para controlar o tempo.
Beatriz Napoleão 

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Confraternização 2011


Todo ano quando entra dezembro começamos os preparativos para o Natal. Muitos de nós ficam mais sensíveis, mais abertos para o amor, a amizade, a caridade, harmonia, doação,... nos enchemos de sentimentos nobres e os compartilhamos facilmente. Devemos isso por nos aproximarmos mais de Jesus. Celebrando o Seu nascimento tendemos a nos manter conectados a Cristo com mais frequência e consciência, permitindo que Seu Amor haja com maior penetração, e fique perene por todo este período, nos transformando para melhor.

Distante da época natalina, muitas vezes nos estressamos, mesmo em momentos que poderíamos evitar certos acontecimentos. Como também é comum nos fecharmos e não enxergarmos que Jesus jamais se afasta de nós, ainda que fiquemos com sentimentos negativos e distantes do Seu Amor, que fazem com que nos afastemos Dele.

 Mas agora, é tempo de um mundo melhor, tempo de largos sorrisos, fortes abraços, e reconciliações, como também, de revermos familiares e amigos que há muito não vemos, pois, se não fizermos agora, quando será?


Então, tudo isto me estimula a reunir as amigas. Das mais íntimas àquelas que mesmo que eu não conheça profundamente, sinto prazer e alegria em estar em suas companhias.

 Agradeço a cada uma de vocês pela presença e por trazer essa alegria que torna esta confraternização tão agradável e especial.

Feliz Natal! E que 2012 seja um ano positivo.

Obrigada,

Beatriz Napoleão (Biá)

21/12/11

sábado, 17 de dezembro de 2011

Sérgio Britto

Não importa se ele era branco ou preto; carioca ou cearense; brasileiro ou iraquiano; homossexual ou heterossexual; sarcástico ou ponderado; homem ou mulher. O que me deixa com pesar é saber que houve uma subtração naqueles que fazem a diferença.
Não teremos mais sua excelente atuação e direção no palco (mais de 90 peças), no cinema (16 filmes) e televisão (mais de 25 entre novelas e minisséries). Seu maravilhoso programa "Arte Com Sérgio Britto" - como o próprio nome diz, falava de arte, mas também literatura -, o qual eu adorava assistir, agora só em reprise.
Sérgio Britto fará falta! Pelo menos àqueles que o acompanharam de alguma forma. Mas, ninguém é eterno, e ele estava com 88 anos (bem vividos). Seu coração não foi tão forte quanto seu ser. Um homem cheio de vida, mesmo numa idade em que muitos parecem não ver mais graça nela. Ele continuava trabalhando, nos informando e distraindo com qualidade. Foi diretor e roteirista. Criador do Grande Teatro Tupi - dirigindo mais de 450 peças dos maiores autores nacionais e estrangeiros, com um elenco de peso, nesse: Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Natália Thimberg, Manoel Carlos, Fernando Torres, Zilka Salaberry, Cláudio Cavalcante, incluindo o próprio -, que permaneceu no ar por mais de 10 anos. Diretor da primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo, "Ilusões Perdidas".
Contudo, sua consagração foi mesmo no teatro. Cursou até o sexto ano de medicina, mas, ao participar do teatro universitário amador percebeu qual era sua verdadeira paixão. Sua primeira atuação profissional foi aos 30 anos, no Teatro de Arena, em "Esta Noite é Nossa", de Stafford Dickens.
É considerado um dos maiores nomes do teatro no Brasil e recebeu, durante sua carreira, os mais importantes prêmios de atuação e direção teatral. Ganhou três prêmios por suas direções em "Os Veranista", de Gorki; "Papa Highirte", de Vianinha, e "Rei Lear", de Shakespear - por ela recebeu o Prêmio Molière Especial. Dirigiu algumas óperas, dentre elas "A Traviata" e "O Guarani".
Em 2010 a editora Tinta Negra lançou sua biografia "O teatro e eu", escrita por Luiz Felipe Reis.
Uma parte da arte brasileira fica órfã. E eu sinto uma grande tristeza neste momento. Mas agradecida por sua existência e sua dedicação à vida artística, que tanto nos atribuiu.
"Ele é um dínamo, um animador cultural, um fazedor de cabeças. E sua casa reflete isso. A casa de Sérgio é um clube. E eu sou sócia desse clube há mais de 50 anos." (Fernanda Montenegro)
"Sérgio Brito foi a maior vocação do teatro brasileiro. Há pessoas que têm talento, mas não tem a paixão, o amor, a presença definitiva dele com relação ao teatro. Ele deixa uma obra impressionante. Um dos maiores atores dos últimos tempos"
"Nesta fase da vida do Sérgio, sua falta será exatamente na transmissão do ensinamento [sobre o teatro]. Essa era uma função poderosíssima desse grande mestre. Ele remodelava o teatro a cada instante" (Juca de Oliveira - Ator e diretor)
"O Brasil perdeu um grande homem. Nunca conheci ninguém que se dedicasse e amasse tanto o teatro quanto Sérgio Britto" (Walmor Chagas - Ator)
"Morreu hoje o atro e diretor Sérgio Britto. O teatro, o cinema e a televisão agradecem seu talento" (Serginho Groisman)
"Morre um dos maiores atores da história da dramaturgia brasileira. Culto, elegante, sarcástico, explorou todos os canais de comunicação para a sua arte. Entretanto, no teatro foi o maior. Decretarei luto por 3 dias à memória desse grande brasileiro" (Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro).
Beatriz Napoleão 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lembranças Camufladas

Longe do meu corpo,
Dentro da minha cabeça e do meu coração.
Não quero mais te ter,
Mas ainda desfruto tua paixão.
Vivida com tanta ternura,
Dita uma via eterna.
Mas os atos desviaram nosso caminho,
Estreitando tanto que,
De auto-estrada virou secundária.
Nela sigo sozinha
Pois, já não dá nós dois.
Dificilmente olho o retrovisor.
Seguindo em frente gosto de ter lembranças,
Mas, estas são camufladas.
Sinto o amor,
Mas ignoro o autor.
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

MÚSICA: O Que Será
(Clique no título para assistir o vídeo)

(À Flor da Pele) Chico Buarque
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
     
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
       
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Madrugada

Adoro a madrugada!
Devido seu silêncio, a ausência de pessoas, ela me acalma.
Mas, ao mesmo tempo excita meu ser.
É a hora que mais gosto de ler e escrever.
É quando tenho as melhores idéias,
E quando mais oro,
Concomitantemente faço um balanço do meu dia,
Às vezes do mês, ano ou de toda a minha vida.
Este contato com Deus e estas lembranças me estimulam a sentir mais amor.
Há ocasiões que estou quase dormindo e faço de tudo para me manter esperta.
Como não ficar acordada e viver este momento do dia?
Beatriz Napoleão 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Reencontro Malogrado

Após um tempo sem nos vermos e tantos convites,
Cedi a um reencontro.
Um beijo...
Reação surpreendente:
Não vejo fogos de artifício, não ouço música, não quero replay,
Como outrora acontecia.
Toc, toc! 
Bate ele surpreso tentando entrar em meu coração,
Onde anteriormente tinha acesso livre e exclusivo.
Toc, toc!
O coração não sentindo motivo para alegrar-se,
Nem percebe que ali está quem tanto lhe deu alegria.
Fica indiferente ao acontecimento.
Toc, toc!
Acho que esqueceu a senha!
Beatriz Napoleão 

Após a Dor, Alegria

Há épocas que sinto dores que me derrubam.
Tenho que me render e deitar até melhorar.
Quando amenizam a ponto de suportá-las,
Distraio-me fazendo bons planos
Para quando elas passarem.
Ao levantar, vejo que a vida está mais alegre.
Beatriz Napoleão 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Refrescando

Calor!
Quanto calor!
Estou com falta de ar.
Até os pensamentos estão lentos
Com receio de liberar mais energia me esquentando ainda mais.
Quero refrescar meu corpo.
Tomo um banho,
Procuro vento,
Ar condicionado.
Ufa! Que fresquinho!
Ainda bem que não esfria os pensamentos nem o coração!
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Ser Feliz

O que é ser feliz?
Para alguns a felicidade é momentânea.
Ok, ninguém está feliz ou infeliz constantemente.
Mas, ser feliz independe de estar feliz.
Alguém pode ser infeliz, mas ter momentos de felicidade.
Outros podem ser felizes e ter momentos de infelicidade.
Há pessoas que a vida vive dando rasteira, fazendo tudo para acabar com a sua alegria, mas o efeito desse mal é passageiro. Elas sempre encontram uma maneira de exterminá-lo.
Já outras, a vida lhes presenteia constantemente, mas estas não sabem ser feliz por muito tempo, logo insistem em voltar aos queixumes, só procuram ver o lado negro de tudo e de todos. Sentem um gostinho bom em ser vítima. É uma boa maneira de chamar atenção. Ilusão! Afastam mais ainda quem queriam próximo.

Mas então, o que é ser feliz?
Ser Feliz é:
- Mesmo quando você está passando por um momento muito difícil na sua vida, reconhecer que ela é abençoada. Ainda que esteja muito triste e chore, cria forças para suportar essa hora e sabe superá-la;
- Ter Deus no coração.
- Amar e respeitar sua família e ser amado e respeitado por ela;
- Ter amigos em que possa confiar e que confiem em você. Gostar de estar com eles, do que conversam e como se comportam e vice-versa;
- Não ficar relembrando o que lhe machucou, pessoas que lhe fizeram mal. Só devemos ativar essas lembranças para não cairmos novamente nessas mãos;
- Gostar da sua própria companhia. Curtir ficar sozinho e não fazer disso solidão. Saber aproveitar esses momentos da melhor maneira: pensar em coisas agradáveis; fazer planos para o futuro e arquitetar maneiras de realizá-los; ler um bom livro; ouvir suas músicas prediletas; assistir aqueles filmes que lhe fazem rir ou chorar - o que preferir; olhar seus álbuns de fotografias, de tantos momentos felizes (isso deve provocar alegria, caso contrário, esqueça!); pesquisar aqueles assuntos que você gosta mas tem pouco conhecimento; deixar recados para os amigos na internet e ler o que eles postaram; tentar uma nova receita do seu prato favorito ou de algo que nunca comeu; fazer uma faxina na sua casa, deixando ela linda e cheirosa; consertar aquela maçaneta, aquela torneira que está pingando, aquela porta que está rangendo; estudar algo novo para você; tocar um instrumento; dançar; fazer ginástica; pintar e bordar... e como você não é de ferro, descansar. E quando acordar, ir trabalhar, passear, visitar a família, sair com os amigos ou uma das alternativas acima. Assim, não haverá tempo para a solidão;
- Ajudar a quem precisa com dinheiro, comida, uma palavra amiga, carinho ou atenção. Conforme o caso ou possa. Sem sair falando o que fez;
- Saber valorizar as pequenas coisas. Perceber o prazer em beber um copa d'água quando está com sede, um banho após um dia na rua, uma comidinha caseira quando está com fome, um abraço ao encontrar alguém que gosta, apreciar a beleza da natureza, poder dormir quando está cansado, encontrar uma sombra ao estacionar o carro num dia insuportavelmente quente, ter liberdade para ir onde quer e fazer o que bem entende. Detalhes do nosso dia a dia que nos dão sensação de bem estar e prazer;
- Ser gentil. E não combater grosseria com mais grosseria, e sim com firmeza. Grosseria provoca briga;
- Se afastar dos que lhe fazem mal;
- Ficar alegre com a alegria dos outros;
- Ter bom humor a ponto de rir de você mesmo;
- Amar, ou simplesmente, querer bem e saber conviver em harmonia com estes.
Beatriz Napoleão 

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Paz

Esta paz que habita meu interior não pode ser pequena.
Apesar de sua leveza,
Tem um peso imensurável.
Peso no melhor sentido,
Sinônimo de intenso, cheio, profundo.
Deixa minha mente entusiasmada,
Meu corpo parecer um balão cheio de gás hélio.
Fecho os olhos e tenho a sensação de estar flutuando.
Resultando num estado de harmonia com a vida.
Sorrio para o espelho, para as pessoas, para o que vejo...
Para o nada ou para tudo.
Por nada, ou, por tudo?
Beatriz Napoleão 

domingo, 20 de novembro de 2011

Reações Inesperadas

Nem sempre estou preparada para
As minhas reações aos acontecimentos.
Elas dependem:
De quem eles vêm;
Da forma que vêm;
De onde acontecem;
De como estou;
Ou para quem vai a sorte
Ou o infortúnio.
Por isso,
Num dia posso
Gritar minha alegria,
Ou calar a minha dor.
Noutro, posso
Gritar com a dor
Ou curtir minha euforia silenciosamente.
Beatriz Napoleão 

sábado, 19 de novembro de 2011

Sem Preço

Posso até vender meu corpo,
Mas, minha alma não vendo.
      
Pensando bem...
Não posso vender meu corpo,
Pois ele está entrelaçado à minha alma.
Se me desfizer dele perco ela.
E sem o controle dela, a vida perde o sentido.
Beatriz Napoleão 

domingo, 13 de novembro de 2011

Eterna Amizade

Amigos distantes,
Amigos chegando,
Amigos ficando,
Amigos partindo.

Saudades de amigos,
Revendo os amigos,
Curtindo os amigos,
Amigos partindo.

Silêncio com amigos,
Segredo entre amigos,
Amigos chorando ou sorrindo.
Amigos ficando ou partindo.

Amigo, muito amigo,
Amigo, um tanto amigo.
Amigo de ontem e de hoje,
É sempre amigo.
Beatriz Napoleão 

domingo, 30 de outubro de 2011

Saudades

Saudade do tempo em que você me chamava de Beatriz
Saudade do tempo em que você me chamava de Bibita
Saudade do tempo em que você me chamava de Princesa
Saudade do tempo em que você me chamava de Amor
Saudade até de você me chamando de Bia
Saudade de quando você me chamava e eu queria ir
Agora tenho saudades e não quero mais

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Exigências Negativas

Se exiges da vida e das pessoas:
Exatidão;
Certeza;
Cultura;
Perfeição;
Firmeza;
Presença;
Beleza;
Alegria,
Terás Tristeza ou Ilusão.
Mas se sabes administrar a:
Imprecisão;
Incerteza;
Ignorância;
Imperfeição;
Vacilação;
Ausência;
Fealdade;
Tristeza,
Terás Felicidade.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Visita Inoportuna

Hoje recebi uma visita que chegou sem convite.
Pior é que veio sem comunicado prévio, nem bateu na porta e foi logo entrando, pegando-me de surpresa. Devido esta atitude insolente não a recebi com simpatia, senti que ela não era bem-vinda - mesmo que, em outras ocasiões eu a tenha convidado e ela tenha me dado uma alegria oscilante.
Quando nos defrontamos já ali dentro, olhei para ela e disse: - Quem é você para chegar assim, achando que tem o direito de invadir a minha casa, como e quando quer?
Mas ela me ignorou.
Entrou sem nenhum constrangimento, sentindo-se tão íntima que, sem minha autorização foi para o compartimento de cima - ele é ambiguamente vasto e como um labirinto - e vasculhou uma das minhas gavetas, dando preferência a uma das que raramente abro.
Não importa se vez por outra permito sua presença quando estou a mexer nos armários, e compartilho seus conteúdos deixando que ela os manipule. Hoje isto não estava nos meus planos. E ainda mais, quando a chamo em outras ocasiões é porque preciso de sua ajuda devido não conseguir manter algumas gavetas fechadas. Algumas delas são temperamentais, quanto mais tempo tento deixá-las trancadas, mais elas se remexem e transbordam. Há momentos que elas têm vontade própria, sem minha interferência abrem e deixam a mostra o que existe ali. Mas, estando desencucada, sozinha ou acompanhada vou até lá, dou uma olhada e guardo tudo, sem nenhuma consequência negativa.
Hoje, não!
Esta outra chegou e fez a bagunça. Depois de deixar tudo a mostra, saiu do compartimento de cima e foi para o do meio - eles são interligados, o que acontece em cima reflete no centro -, e começou a arranhar suas paredes, e a tirar uns pedaços.
Senti uma dor!
Enfraquecida, resolvi suplicar: - Por favor, Saudade, vá embora!
Beatriz Napoleão 

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Tal Mãe, Tal Filha

Nos amamos muito, mas para um bom convívio é preciso mais que isto.
Nos entendemos.
Nos respeitamos no que não nos entendemos.
Nos suportamos sem implicância naquilo que não gostamos na outra.
E quando tendemos a nos confrontar,
Logo procuramos um caminho para acalmar.
Sabemos tirar sarro uma com a outra sem ofensas, só para divertir.
Se ela está com TPM, ôpa! Hora de distanciar.
Se eu estou com enxaqueca, hora de silenciar.
Chamamos atenção quando uma está a deslizar.
Que fica a ouvir, mesmo que depois procure se justificar.
Mas, curtimos mesmo é um carinho.
E há uma confiança mútua.
Gosto semelhante nas artes.
Quando assistimos um filme que a outra ainda não viu,
Somos capaz de visualizar o tipo de emoção que este irá provocar.
Se conhecemos um músico ou uma banda nova,
Já sabemos se a outra irá gostar.
Se uma peça de teatro nos agrada, logo queremos à outra indicar.
No dia a dia respeitamos o limite da privacidade.
Quando distante buscamos a proximidade.
Possuímos uma energia da mesma fonte.
Um olhar com o mesmo prisma.
Procuramos tentar entender o outro.
Queremos um bem danado a muita gente.
Amamos fácil, mas não banalizamos o amor, ele é hiper valorizado.
Sim, há uma hierarquia de mãe para filha,
Mas, quando o respeito é posto em prática nas duas vias,
Esta fica quase imperceptível.
Através de mim ela veio ao mundo,
Através dela ganhei "filhas" e "filhos" supostos.
É por estas e outras que, apesar dos prós e contras,
Há tantas confidências,
Tantos risos,
Tanto prazer em conviver.
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Círculo Vicioso

Esta sou eu.
Novamente cheia de sentimentos.
Mesmo que não os identifique - não saiba de onde vieram e para quem são - eles estão aqui, preenchendo meu coração e embaralhando meus pensamentos.
Eles são bem-vindos! Pois são do bem. Inquietos, mas, alegres, leves, suaves e cheios de amor.
Liberam uma energia que se transforma em alegria. Levando-me a querer abraçar o mundo. A olhar meu semelhante com ternura e afeição.
E vira um círculo vicioso. Quanto mais libero este sentimento, ele sempre retorna a mim. E cada vez mais forte.
Ah! Como eu gostaria que este círculo fosse blindado à prova dos indesejáveis. Mas ele é inocente, e permite a passagem dos descomedidos, que o quebra e me tiram do centro, algumas vezes provocando minha instabilidade.
Beatriz Napoleão 

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Criança

Um ser encantador!
Atrai e enternece o coração
De quem sabe conquistá-la.
Chega ao mundo,
Dependente;
Frágil;
Inocente;
Carente de proteção.
Em poucos anos,
Mantem a pureza e aprende a malícia.
Alegre por natureza,
Adora brincar.
Tem uma sinceridade intrínseca.
Considera quem a respeita.
Carinhosa com quem a afaga.
Um presente para quem a curte.
Responsabilidade para quem a educa.
Preocupação para quem a ama.
Mas, amar é
Proteger, respeitar, dar carinho, curtir e educar.
Espelho de casa e do mundo.
Aprendiz hoje,
Adulta amanhã.
Eterna criança!
Beatriz Napoleão 

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Inverdades e Mentiras

Se interfiro na tua vida com perguntas e comentários, mas, não queres compartilhar comigo o que diz respeito a ti e, me respondes com inverdades, devo recuar e respeitar tua posição. Mas se nada te pergunto e me contas mentiras sem razão de ser, isso me incomodará e em ti não irei mais confiar.
Beatriz Napoleão 

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Superando a Traição

Se algum dia, quem você ama lhe trair e você não suportar a traição, mate o seu amor, não quem você ama!
Beatriz Napoleão 

domingo, 2 de outubro de 2011

Coração Inconstante

Como proceder com este espaço em meu coração gerado pelo sentimento?
Muitas vezes está completo, cheio de paixão, seguro de que o que sente está bem zelado. Em outras, me surpreendo ao sentir que, sem eu perceber algo vazou tanto que deixou uma parte vazia!
É como as ondas do mar, às vêzes não cobrem toda a praia, ficam distante. Às vezes vêm arrebatadoras, inundando, tomando conta de todo o espaço.
Não posso preenchê-lo, pois sei que naturalmente ele tornará a ficar completo, com o mesmo inquilino. Enquanto isto, sinto uma sensação que me deixa intranquila.
Então, como vou construir algo num local tão inconstante?
Beatriz Napoleão (20/09/95)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Inspiração Pueril

Onde está minha inspiração?
Onde andam as palavras que costumam brincar de roda em meus pensamentos?
Por que mudaram a brincadeira para esconde-esconde?
E ainda apagaram a luz!
Devo ignorá-las!
Não vou entrar nessa brincadeira.
Ficarei quieta,
Até que cansem de se esconder,
E venham todas novamente de mãos dadas a rodar na claridade.
Beatriz Napoleão 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ficar a lamentar é estagnar

Nem sempre a vida é feita de
Amores e sabores,
Encontros e canções,
Harmonia e beleza,
Alegria e fantasia.
Contudo, nos momentos em que ela esteja em
Desamores e amarguras,
Desencontros e gritos,
Caos e destruição,
Tristeza e desilusão,
Não lamente sua vida;
Faça algo para que ela valha a pena!
Beatriz Napoleão (06/07/10)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Enquanto Puder

Não sei onde vou chegar
Não sei até quando vou caminhar
Quero um mundo que possa me divertir
Quero viver com equilíbrio e saber decidir
O amor é a mão
A raiva a contramão.   

Distância do ruim
Os bons perto de mim
Longe da tristeza
Busco alegria e gentileza

O que importa é não parar
E saber como lutar
Beatriz Napoleão 

domingo, 11 de setembro de 2011

Amor Eterno

Amei tanto!
Pensava que esse amor seria eterno.
Mas ainda amo!
Então, nisso devo estar certa, ele será eterno!
O que eu não esperava é que,
Ele mudasse de endereço e de comportamento.      
     
Amor precisa ser amado.
Precisa de atenção,
De entendimento,
De carinho.
Amor não existe sozinho.
Se fica só, procura outro caminho.
Beatriz Napoleão                 

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Meu Brasil

Brasil!
Rico,
Amado,
Generoso,
Pacífico,
Cosmopolita,
Produtor,
Acolhedor,
Tropical.
Brasil continental.
Do verde, amarelo, azul e branco,
Preto, mulato, caboclo, índio.
De matas e praias belas.
Do samba e da bossa nova.
Do futebol, pentacampeão.
Brasil do carnaval e suas escolas de samba.
De Cecília Meireles, Drummond e Quintana.
Brasil de Machado de Assis a Paulo Coelho - que alguém contradiz.
Brasil nas alturas com Niemeyer na arquitetura.
Brasil do Senna em alta velocidade, que nos dava felicidade.
Brasil de Pelé com a bola no pé,
De Guga nas quadras de tênis,
Cielo e Gustavo em piscinas internacionais.
Brasil do palco com suas damas Fernanda Montenegro e Bibi Ferreira.
Brasil do cinema de Valter Salles e Fernando Meirelles.
Brasil do humor de Chico Anísio a Renato Aragão.
De Portinari, Tarsila e Di Cavalcante, imortalizados em suas telas.
Pitanguy reparando imperfeições e prolongando a juventude.
Villa Lobos, Chico Buarque, Vinícius e Tom Jobim, dando ritmo em nossas vidas.
Brasil altruísta nas mãos de Irmã Dulce.
Citando apenas alguns dos tantos talentos e benfeitores brasileiros.
Brasil de José e Maria que trabalham noite e dia.
Dos privilegiados e dos explorados.
Brasil independente ajuda a tua gente!
Brasil do futuro, queremos teu presente.
Beatriz Napoleão 

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Mau Humor a Sete Chaves

Talvez não me conheças tão bem.
Talvez não conheças meu mau humor.
Quem sabe só te apresentei meu bom humor e o humor equilibrado.
Pois confesso que, meu mau humor fica guardado, num lugar bem escondido e pequenino. Tão escondido que é difícil utilizá-lo - só se manifestando quando é muito provocado. Quando ele se manifesta e resolvo enfrentá-lo, tenho que pegar fôlego pra seguir até achá-lo. Ao achar o seu cantinho, paro ali juntinho dele, só nós dois entrelaçados, numa briga silenciosa me deixando tão cansada, que desisto de mostrá-lo.
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não Cabe Mais

Você cabia nas minhas noites,
Você cabia nos meus dias.
Você cabia nas minhas dores,
Você cabia nas minhas alegrias.
  
As minhas dores você curava.
Nas alegrias, a melhor companhia. 
   
E agora, o que aconteceu?
Será que eu cresci ou você encolheu?
Beatriz Napoleão 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Coração Saudável

Em cada espirro a dor de cabeça aumenta.
O nariz congestionado, o corpo febril e sem força.
Parece que nada está funcionando bem.
Mas, o coração permanece alheio a tudo.
Enquanto me sinto desconfortável,
Com dor, sem ânimo e sem apetite,
Ele muito saudável insiste em se alimentar de amor.
Beatriz Napoleão (15/03/09)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Solidão Criativa

Eu preciso da solidão para pensar.
É com ela que fico a imaginar.
É ela que vem me alimentar.
É nela que posso criar.
  
O melhor é a solidão sozinha,
Mas, mesmo em outras companhias,
Ainda que seja pura alegria,
Se me desligo um momento,
Ela corre e já transforma meu pensamento.
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Consequência

Favores,
Respeito,
Carinho,
Gentileza,
Entendimento,
Pra lá e pra cá!
              
  Somos isso!
Somos o que fazemos e recebemos. 

Tu és para mim o que eu gero em ti;
Teus atos revelam os meus.
E eu sou para ti o que tu geras em mim;
Meus atos revelam os teus.
  
Como se tem prazer
Quando se sabe conviver!
  
Beatriz Napoleão



sábado, 20 de agosto de 2011

Palavras Perigosas

Não fale mal de quem você gosta, numa ocasião de um desentendimento. Mesmo que seja só para desabafar com o seu melhor amigo. É perigoso! Você pode escutar e acreditar no que ouviu. Mas, ainda que, no seu íntimo saiba que são palavras vazias e passageiras, de um momento de desilusão, seu amigo acreditará em você, e terá aquele que você gosta, como um desafeto.
Beatriz Napoleão 

domingo, 14 de agosto de 2011

Quem me assumia

Quero agradecer a Deus por ter tido na minha vida uma pessoa que:
Nunca levantou a voz para mim;
Na minha primeira infância era quem eu chamava, quando acordava tarde da noite e sentia medo por estar sozinha num quarto escuro. Eu ouvia sua voz dizer: - Venha pra cá!
E quando eu lá chegava, pulava numa rede que estava a minha espera. E ali ficava, deitada, sentindo-me segura, enquanto era embalada até dormir novamente;
De manhã cedo, ia me acordar com massagem nas pernas, para que eu espertasse com disposição para ir à aula (isso perdurou até minha adolescência);
Tinha hábito de me levar no colo para o banheiro - eu sempre acordava sonolenta, mal andava -, quando eu percebia, minha escova de dente já estava com o creme dental;
Era quem preparava meu café da manhã, do jeito que eu gostava;
Procurava satisfazer meus desejos, dentro do possível;
Desde as minhas primeiras lembranças esteve sempre a me dar amor e carinho;
É uma das mais responsáveis pela felicidade que sinto até hoje.
Esta pessoa era o meu PAI.
  
E assim foi! Quando ele não estava no trabalho, minha mãe deixava que me assumisse. Talvez por ela estar cansada de tanto criar filhos, ou, talvez por saber que isso o dava muito prazer, ou quem sabe, por não ter escolha!
Por isso agradeço a Deus, e a ti também, por ter se doado tanto a mim!
E, onde você estiver, feliz Dia dos Pais, meu pai amado!
Beatriz Napoleão 13/08/11

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Surpresa de Uma Noite

Sozinha em casa tarde da noite, eu estava escovando os dentes. Muito tranquila pensando em algo que iria escrever, quando de repente, senti algo subir no meu pé. Era pesado, frio e deslizante. Foi subindo e subindo, enrolando em minha perna, sem pressa. Uuuui! Meu corpo todo estremeceu sem que eu o controlasse. Fechei os olhos para não ver o que era - como se isso revertesse a situação. O tempo deve ter parado enquanto aquilo fazia seu percurso escolhido. Pareceu durar uma eternidade. Por que me escolheu? Ou será que eu o escolhi! Eu com o corpo inerte, tentando segurar o tremor, apenas a mão direita - que segurava a escova - fazia movimentos, que, àquela altura já eram quase imperceptíveis. Terminei de escovar, abri os olhos, a respiração presa, olhei vagarosamente de esguelha para o chão do banheiro do meu quarto, num apartamento que fica no 4º andar. Ali estava...
Um chão! Limpo, sem nada, nenhum vestígio. Apenas a lembrança de um medo que trago da infância e, ainda que, raramente, persiste em me abalar.
Beatriz Napoleão (24/05/08)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Frases sem Peso

De nada adianta você proferir ou escrever frases bonitas, significativas,
Se seus atos não condizem com elas.
  
É como usar uma roupa limpa e bonita,
Estando descalça, assanhada e seu corpo sujo.
  
É como ter uma piscina,
Sem água.
     
É como ter um terreno no campo,
Sem vegetação e animais.
  
É como ter uma casa linda,
Sem nada dentro.
Beatriz Napoleão 

sábado, 30 de julho de 2011

Fugindo das lembranças

Eu não sei o que tua partida quebrou em mim. Ou, quem sabe eu vi os cacos que ficaram por dentro e consegui uma bela restauração!
                      
Talvez tenha quebrado minha adolescência. A partir daquela despedida me senti adulta.
                     
E para não me machucar fui deixando pelo caminho dos meus anos muitas lembranças de ti, que hoje sinto falta e lamento não ter, por escolher abandoná-las. O que vivi foi bom demais para eu suportar o peso do que se tornou inexistente. Lamento o que não lembro, mas penso que não foi tão má escolha, pois hoje, não sinto o peso da tua falta, sinto tua falta com leveza. Até porque, as lembranças que tenho, aquelas que se enraizaram e não permitiram ficar para trás, me deixam com um sorriso no rosto.  
                    
Neste momento paro tudo e vou até minha cama para virar bunda canastra. É que me deu uma vontade louca de fazer isso. Adoro! Poderia dizer que o motivo seja esta lembrança que está sendo aguçada. Mas não posso afirmar isto, pois é comum quando meu corpo sente necessidade de se exercitar eu ter este tipo de impulso (estou horas escrevendo). Prova que algo foi quebrado em mim. Hoje minha filha é adulta, e eu ainda tenho hábitos que trago da infância – quem sabe, consequência da restauração. Mas eu não quero mudar isso! É muito bom ter idade de uma “senhora” e nunca deixar os “bons” costumes da juventude. Só preciso ter cuidado para saber quando e onde posso executá-los. Se bem que, com o passar dos anos logo não poderei mais fazer algumas dessas “brincadeiras”.
                         
É engraçado! Com a maturidade vamos diminuindo a força física. Mas, obtemos cada vez mais a força espiritual.
Beatriz Napoleão 

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Por um detalhe

Não sei se te amo
Sei que adoro teu carinho
Não sei se te amo
Sei que o teu cheiro me atrai
Não sei se te amo
Sei que rio com o teu humor
Não sei se te amo
Sei que é gostoso o sabor da tua boca
Não sei se te amo
Sei que fico feliz por me admirares
Não sei se te amo
Sei que me sinto a vontade nos teus braços
Não sei se te amo
Sei que tua voz me desperta e me acalma
Não sei se te amo
Sei que gosto de estar contigo
Não sei se te amo
Por não suportar teus defeitos
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Porque Desisti

No olhar se entender
Na boca o gosto
Nas mãos o carinho
No corpo a intimidade
      
Olhos amigos, com olhar que não comunica mais
Boca atraente, com sabor vencido
Mãos macias, com toque que repele
Um corpo íntimo, com um ser desconhecido
    
Dois num só caminho
Passo a passo construindo o amanhã
      
O amanhã já é confuso
A mesma estrada com caminhos opostos
         
Eu desisti porque tu deixaste que outro assumisse teu lugar
Eu desisti por não ter mais a vida perfeita em suas imperfeições
Eu desisti por querer mudanças sem mudar o essencial
Eu desisti por não saber viver sem teu amor
Eu desisti porque esqueci como te amar
Beatriz Napoleão  (17/07/11)

domingo, 17 de julho de 2011

Novo Amor

A beleza do mar
A beleza do luar
A beleza do teu olhar

O mar poluiu
A lua minguou
Teu olhar sumiu

O mar reagiu
A lua cresceu
Outro olhar surgiu
Beatriz Napoleão 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Insegurança

Tenho total confiança em Deus.
Mas muitas vezes fico insegura.
Não por achar que Ele vá me abandonar,
Mas, por saber que Deus não me faz de marionete.
Sou eu que tenho que decidir minha vida.
E e as vezes, estou tão fragilizada que,
Não sei qual caminho seguir.
Beatriz Napoleão (22/06/2010)

terça-feira, 5 de julho de 2011

Cegueira da Inocência

Já tive a vista bem melhor.
Hoje ela não consegue identificar muitas coisas.
Tanto perto, como longe.
O curioso é que, já fui bem mais cega do que sou hoje.
Aquela cegueira que, não há vista boa que lhe faça ver.
Aquela visão do entender, perceber, saber, conhecer.
Quando as coisas acontecem na roda que você está,
Do seu lado,
Na sua frente.
Alguém fala ou faz algo que você mesmo estando presente,
Não toma conhecimento.
Por partir de alguém que você estima, e não acreditar que é capaz de algo mesquinho,
Ou desonesto,
Ou sem moral.
A cegueira da inocência.
É! A ignorância na maioria das vezes é cruel.
Mas há barbaridades, que é tão bom não tomarmos conhecimento!
Ainda assim é melhor sabermos quem são os "nossos".
Beatriz Napoleão (29/05/09)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Amor Resiste a Tudo?

Nós vivíamos no céu,
O verdadeiro paraíso.
De vez em quando tropeçávamos.
Escorrega daqui, escorrega dali...
Quando não dávamos as mãos
Acabávamos caindo no inferno,
Mas, unidos achávamos o caminho de volta
E, a porta do paraíso estava sempre aberta.
Até que um dia ultrapassamos todos os limites possíveis,
Quando tentávamos dar a volta por cima e retornar,
A porta estava fechada,
Entretanto, nós tínhamos a chave nas mãos,
Contudo, aquela visão do inferno tirou nosso equilíbrio,
Não nos permitindo saber como abri-la.
Nosso amor não resistiu.

Beatriz Napoleão (06/11/05 )

Genro Necessário

Não me importo se te vejo pouco.
Não me importo se pouco nos falamos.
Fico feliz que nos entendemos e nos gostamos.
O que me importa mesmo,
É o amor, respeito, carinho e tempo que tens,
Para quem eu mais amo.
Beatriz Napoleão

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Reagindo

Há momentos que fico tão cansada!
É tanta violência e desentendimento em todo o mundo. Guerras, marginalidade, assassinatos, injustiça,...
O curioso é que, quando estou praticamente sem nenhuma força, totalmente desanimada, querendo que minha estada aqui seja a mais rápida possível, de repente, durante o meu sono, sou carregada por uma energia inexplicável. Acordo com todo o gás, disposta a continuar vivendo. E com prazer. Lembrando das maravilhas que existem no mundo, e de que há muita gente do bem.
Penso que Deus envia essa energia para que eu reaja e perceba que, não posso desanimar, ao contrário dos que fazem o mal, devo evoluir e aproveitar o tempo que ainda tenho - seja ele breve ou longo-, para fazer o que é necessário, principalmente no que diz respeito ao próximo.
Beatriz Napoleão (15/04/99)

Felicidade Nunca é Demais

Há quem diga que, ser feliz todo dia causa monotonia.
Para mim, provoca excitação.
Beatriz Napoleão (09/11/10)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

A Tua Dor

E essa dor, que não é minha!
Essa dor, que tua é!
E quando tomo conhecimento que ela te habita,
Essa dor sai de ti,
Mesmo que em ti permaneça,
E vem até a mim,
Para que eu a sinta,
E me faz também sofrer.
Beatriz Napoleão 

segunda-feira, 13 de junho de 2011

De Olho no Espelho

Olhe-se no espelho!
Dispa-se, e se olhe no espelho!
Sem nenhuma roupa,
Sem nenhuma maquiagem.
Chegue bem perto e,
Olhe com atenção para cada parte do seu corpo,
Cada detalhe do seu rosto.
Faça isso sem pressa.
Olhe-se de frente, de lado, de costas.
Mesmo que tenha rugas, gorduras, flacidez...
Admire o que tem de bonito.
Alguns são muito bonitos,
Outros têm apenas pequenos detalhes,
Talvez nunca tenha notado sua beleza.
Ela está em algum lugar.
Procure por ela!
Observe: suas mãos; sua boca; a cor dos olhos; o cabelo; o busto; as pernas...
Mas não permita que isso lhe faça vaidoso,
Pois você também tem defeitos.
Então, veja os seus defeitos.
Não deixando que eles lhe imponham complexo.
Enxergue  e aceite suas imperfeições.
Chega a ser cômico uma pessoa zombando do defeito de outra,
Quando o seu só muda de formato ou lugar.
Procure amenizar aquilo que lhe desagrada.
Valorize o que você tem de bonito.

Faça o mesmo com seu interior.
Dispa-se!
Observe-se no espelho das ações,
Sem nenhuma máscara.
Olhe cada detalhe positivo e negativo dos seus atos,
Sua personalidade.
Procure racionalizar os seus defeitos.
Controle o que é desagradável.
Utilize cada vez mais suas qualidades,
O que você tem de bom.
Beatriz Napoleão (18/03/09)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Peso Pena

Uma pena também é leve. Tão leve que, um travesseiro com muitas delas quase não pesa. Mas, se molharmos esse travesseiro ele ficará mais pesado.
Assim é meu espírito, super leve, peso pena, mas há momentos que ele está desprotegido, sem capa ou guarda-chuva e, de repente, vem uma chuva. Não tem como não se molhar. As vezes é só um chuvisco, outras uma chuva forte, porém passageira, contudo, deixam meu espírito com um certo peso. Mas tem ocasiões que não escapo de algumas tempestades, daquelas que parece que o mundo vai acabar, e nesses momentos o peso é de chumbo!
Sinto-me privilegiada por ter um espírito com uma postura semelhante a Alemanha ou o Japão após a II Guerra. Não fica chorando o que aconteceu. É destruido, se despedaça, mas segue em frente, restaurando o que for possível, construindo outros sonhos e conquistando novas alegrias.
Tente fazer o mesmo, previna-se para que a chuva não lhe pegue. Mas, caso esteja desprevenido, saiba se recuperar.
A vida passa rápido. Não devemos desperdiçar os bons momentos que nos cercam, porque estamos lamentando e sofrendo com o que aconteceu.
Beatriz Napoleão (27/04/11)

sábado, 4 de junho de 2011

Viva o Presente

Não se deve lamentar o que passou! Muito menos, ficar maldizendo os acontecimentos indesejáveis.
Também não fique esperando que o futuro chegue.
Viva o presente!
O passado jamais voltaremos a viver, nem o mudaremos.
O futuro! Talvez não exista. A vida pode ser interrompida a qualquer instante, ou ser diferente do que você planejou.
Viva o presente!
Mas não é por isso que você deva ignorar o seu passado. É a sua história. Foi por tudo que aconteceu nele que está aí onde está e, como está.
Deve visitá-lo quando necessário - tendo cuidado, respeitando o limite até onde pode ir e quanto tempo deve ficar para não se machucar. Assim, entenderá melhor o seu eu, sua família e seus amigos.
Também deve projetar um futuro. Afinal, ele um dia será seu presente.
Mas, viva o presente!
Beatriz Napoleão (01/08/09)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Que Prefiro

É muito bom viver num mundo em harmonia. Infelizmente nem tudo é assim. Sinto tristeza ao ver qualquer espécie de vida, seja ela animal ou vegetal, fora de sua sintonia, impedida de seguir seu curso. Pior ainda é saber que há quem seja o responsável por esse impedimento fazendo crueldades unicamente para seu próprio benefício ou de outrem. Uma vida só deve ser sacrificada por um “bem maior”.

Não! Eu não quero ouvir o assum preto cantando mais bonito. Se for para ele cantar de tristeza por ter seus olhos furados e estar preso numa gaiola, prefiro que ele siga seu voo admirando a beleza da natureza e cantando a liberdade. Ainda que esse canto não chegue até meus ouvidos.

Não! Eu não quero ver um elefante de circo sentando numa mesinha, fazendo coisas incríveis, e por trás disso ele é furado por um objeto pontiagudo, alertando-o das chicotadas quando não faz o que se pede, enquanto ele está acorrentado. Prefiro saber que ele vive com sua manada. Ainda que eu nunca tenha oportunidade de vê-lo em seu habitat.

Não! Eu não quero ver um touro valente, cheio de vigor, no meio de uma arena, frente a frente a um homem elegante, com uma bela vestimenta e uma capa na mão que esconde o objeto de destruição, num duelo de cartas marcadas onde raramente o touro é o vencedor, e que é aguardo o seu trágico final. Melhor seria se não houvesse espadas, apenas um balé com uma dupla rival. Este sim, Eu pagaria para ver!
Beatriz Napoleão

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Nós de Família

Às vezes penso em falar para meus irmãos o amor que sinto por cada um deles. Alguns eu tenho mais ligação - é natural, temos mais afinidade com aqueles que nos dão mais carinho, atenção e/ou são mais semelhantes a nós, principalmente quando esta semelhança é do que possuímos de positivo, do que gostamos em nós mesmos. Quando a semelhança é com o negativo entendemos o deslize do outro, pois escorregamos no mesmo ponto, mesmo tentando se manter firme. Mas também há aqueles que ainda que sejam um tanto quanto diferentes, o sentimento de bem querer transcende.
Para algumas pessoas as relações familiares são laços frouxos, tão frouxos que se você tropeçar e enganchar a perna num deles, ele é desfeito com a maior facilidade - E em alguns casos nunca mais é refeito. Para outros são laços bem apertados, mas, se você fizer um esforço indesejado eles se desfazem. Para mim, esta relação não é feita de laços, e sim de nós,  nós de marinheiro, aqueles apertados, que ninguém nem nada consegue desfazer - são tão firmes que, não carecem nenhuma vistoria.
Ah! Bendita família! 
E vieram os sobrinhos e sobrinhas, muitos dos quais fazem parte constante da minha vida. E eu adoro isto! 
Os sobrinhos-netos e sobrinhas-netas são uma curtição!
A mais nova é um xodozinho de sobrinha-bisneta!
E chegando mais! Serão bem-vindos e muito amados.
Mas, e os que são agregados, aqueles que vieram de fora, oriundos de outras famílias? Chegaram e passaram a fazer parte deste nosso grupo. Devido os irmãos ou irmãs, sobrinhos ou sobrinhas, são membros da família. E por mérito próprio, com suas particularidades, um por um foi me conquistando.
Agradeço a meus pais por este presente e, principalmente a Deus por hoje estarmos aqui.
Obrigada a cada um de vocês por fazer parte da minha vida!
Beatriz Napoleão (24/12/10)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bateria do Amor

Se queres que eu continue te amando, não deixe de me amar! Não deixe sequer de demonstrar que me amas, pois o meu amor é carregado com a bateria do teu. Se tua bateria ficar com pouca força, o meu amor enfraquece. Se tua bateria descarregar, meu amor se apaga. Mas, se ela estiver totalmente carregada, meu amor dará sinal a todo o momento e lugar. Nunca estará desligado ou fora de área. Não importa a distância que estejas, se naquele momento a comunicação estiver ruim, haverá no mínimo uma mensagem. Contudo, é natural que com o tempo ele perca a força, mas se ficarmos atentos poderemos recarregá-lo sempre que estiver enfraquecendo.
Beatriz Napoleão (3/5/11)

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Lua Cheia

Levantamos voo. Mais uma vez ali estava eu, a olhar pela janela observando tudo se distanciar e ficar para trás. Só a Lua não ficou. Ela nos acompanhou por todo o percurso. Vez por outra brincava e corria sobre os rios ou lagoas. Em outros momentos iluminava flocos de algodão gigantescos, que cobriam tudo que havia lá em baixo. Sobrevoávamos montanhas intermináveis de algodão.
E a Lua "cheia" de alegria a contrariar os exageradamente românticos, que dizem que ela "é" dos namorados, deixando "claro" que não é de ninguém, mas que gosta de chamar atenção direcionando seu holofote para ser observada e apreciada por todos, principalmente por aqueles que têm sensibilidade.
Beatriz Napoleão (16/04/11)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Minha Mãe

Na minha infância e pré-adolescência eu não era chegada a certas comidas. Melhor dizendo, a muitas comidas. Minha mãe só faltava enlouquecer com o trabalho que eu dava a cada refeição.
– Não quero carne, tem gordura!
– Não gosto desse molho!
– Não quero feijão!
– É feijão verde!
– Mas tem maxixe!
O meu pai só piorava a situação para ela. Como não queria me ver chorar, sempre procurava mandar fazer uma comida especialmente para mim. O que significava não ter nada que levasse carne vermelha, feijão, verdura ou legume. No meu cardápio só entrava mariscos, massas, frango ou ovo, leite com chocolate, pão, queijo e frutas. No dia que não tinha o que eu gostava, pedia para tomar um copo de leite com chocolate. Mamãe havia criado 10 filhos comendo tudo, sem direito a reclamar. Mas, éramos dois contra uma, e eu, a caçula, então, mesmo a contragosto ela abriu uma concessão.
Um dia – eu devia ter uns 10 anos –, meu pai estava viajando, e mais uma vez eu não quis o que havia na mesa. Mamãe até tentou não me forçar comer, mas para eu não ficar sem me alimentar, preparou o que ela chamava de “ovo morno” – dizia ser um alimento forte e saudável –, e o que para mim era ovo cru, mal dava tempo da água ferver. Chegou com uma xícara e disse:
– Toma!
Peguei a xícara na mão, olhei o conteúdo, e falei com a voz trêmula:
– Não gosto!
– TOMA! Engole de uma vez só!
Levei a xícara à boca e realmente engoli aquela gororoba o mais rápido que pude. Mas meu estômago não gostou nada daquilo. Na mesma hora mandou de volta. E minha mãe gostou menos ainda do que viu. Pela primeira e única vez em toda minha vida ela me deu uma palmada. Não teve força física naquela palmada, mas a força da reprovação do que eu havia feito, foi forte e doeu muito. Levantei para me lavar e, em seguida fui para o meu quarto chorar. Tranquei a porta e ali fiquei a tarde inteira sem querer vê-la. Aquela situação era nova, nunca havíamos chegado a tanto desentendimento.
Anos depois fiquei adulta, passei a gostar de verduras, legumes e outras comidas que não suportava.
Nunca mais eu e minha mãe tivemos outro desentendimento que chegasse a deixar uma das duas triste. Foi muito amor, respeito e compreensão. Mesmo ela sendo Mãe, não invadia minha particularidade, e eu percebia como ela gostava porque eu agia da mesma maneira. Isso a dava confiança, e ela me fazia confidências. Não tentávamos mudar a outra, podíamos dar conselhos, mas nada de forçar a barra para que fossem aceitos. Não me lembro de sair da casa dela irritada com algo que ela tinha dito ou feito. Também não lembro de tê-la deixado irritada. Gritar uma com a outra? Fora de cogitação. A verdade é que, amávamos tanto a maneira de ser uma da outra que, os defeitos ficavam no fim da fila.
Beatriz Napoleão 

domingo, 8 de maio de 2011

Mãe


Mãe,
Esta palavra transmite: segurança, confiança, conforto.
Esta palavra lembra: carinho, amor, aconchego.
Esta palavra remete: bondade, doação, proteção.







 
Mãe,
Há quem jamais deveria sê-la.
Umas são menos talentosas, mas com algum potencial.
Outras desempenham com maestria sua função.
Beatriz Napoleão