Páginas

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Dia do Irmão

Nunca havia questionado se existia uma data comemorativa para o dia do irmão. Mas li agora há pouco que hoje é este dia, então senti vontade de escrever algo.
Irmãos são filhos do mesmo pai e/ou da mesma mãe. Normalmente são criados juntos, obtendo a mesma educação. Mas, devido suas diferenças: seja de sexo ou temperamento, é comum formarem uma personalidade antagônica.
Infelizmente, existem irmãos que vivem em conflitos, sempre estão discutindo seriamente. Há ocasiões de brigas pesadas. Alguns deixam até de se falar. Muitas vezes não é a questão das diferenças que ocasiona essas brigas - podem até ser semelhantes na maneira de ser, ou justamente por isso -, mas sim, o egoísmo, a falta de respeito; de limite; de tolerância. O que lamentavelmente torna impossível a convivência. Outros até vivem em divergência, não concordam em quase nada, mas o amor é maior que as crises, a ponto de superarem os desentendimentos.
Mas, o Dia do Irmão, comemora àqueles que vivem em harmonia. Podem divergir em várias situações e gostos, morar em casas separadas, cidades ou países, porém, o amor; carinho; respeito; tolerância... fazem parte de seus relacionamentos entre si.
Bem! Numa data como esta, para mim fica impossível não homenagear meus irmãos.
Meus pais tiveram a coragem e o prazer de ter 12 filhos. O sexto faleceu ainda bebê. Então, sempre fomos 11, seis homens e cinco mulheres.
Sendo a caçula, já nasci tendo alguns irmãos com mais de 18 anos. Aos dois anos fui tia.
Não vou falar por nenhum deles, apenas por mim. Minha visão de irmão e o que sinto.
Irmão é aquela pessoa que é filha do meu pai e da minha mãe. É aquele que me protegeu, deu carinho, cuidou, ensinou, brincou e me amou a vida inteira, e continua sendo assim até hoje. Nunca nenhum deles me deu as costas, sempre procurando me incluir em suas vidas e me tratando com afeto. Inevitavelmente em algum momento, alguns deles podem ter sido invasivos a ponto de me desagradar, mas nada que não tenha sido contornado e superado. É natural que tenha aqueles mais próximos, devido a maior convivência, afinidade e prestabilidade, mas, meu relacionamento com todos é dosado de amor, carinho, respeito, gratidão, compreensão, tolerância e umas boas pitadas de humor. Amo muito! Adoro estar em suas companhias, com todas nossas diferenças, mesmo que eu discorde ou desaprove em algum momento a atitude de um ou de outro. Conheço intimamente cada um. Sei de seus defeitos e valorizo suas qualidades. 
Agora somos 10 - nosso irmão Roberto (Bebeto para mim) nos deixou com saudades -, todos com mais de cinquenta anos, mas não perdemos a espiritualidade, a mesma maneira de brincar um com o outro, de ter crises de risos, de estar atento quando um de nós precisa de algo.
Agradeço a Deus por esta herança que meus pais me deixaram. Foi a melhor que eu poderia ter recebido. Como a cada irmão: Wazinha (Walkyria), Gilberto, Bebeto (Roberto), Tetê (Tereza), Pio, Mario, Dacinha (Graça), Zé (José Alberto), Chiquinho (Francisco) e Suly (Soledade), por tudo que fizeram por mim e pela forma especial que sempre me trataram. E meus cunhados e cunhadas, os irmãos que meus irmãos me deram: Zé Carlos, Bidico, Socorro, Martha, Luana, Anchieta, Reginaldo e Rochelle.
Não poderia deixar de agradecer também aos irmãos que não são de sangue, amigos especiais que passaram a fazer parte da minha vida, da minha família. Pessoas essas que eu posso contar igualmente, e por quem sinto muito amor e admiração.
BeatrizNapoleão

2 comentários: