Eita saudade, Chiquinho!

Hoje faz um mês que não tenho mais você na minha vida.

Não recebo mais aquelas ligações rápidas e bem-humoradas, só para manter contato, com suas reflexões sobre a vida ou seus ditados, que por vezes me provocavam gargalhadas. Em outras ocasiões ligava sem nenhum humor, para fazer queixas de alguém ou, para reclamar que fazia tempo que eu não dava notícias, falando que eu não deixasse de ligar. E algumas vezes quando eu ligava "Oi Chiquinho! Tudo bem?" Ouvia uma voz séria, forte e rápida dizendo "Tô ocupado, não posso falar agora não!" Nessas ocasiões nem sempre eu sabia se realmente você estava em algum lugar que não podia falar ou se estava sozinho no seu quarto, mas naquele momento não estava a fim de conversa, então eu dizia "Tudo bem, liguei só para saber como você está. Quando der me ligue!". Saiba que mesmo nesses momentos que você não queria papo eu desligava satisfeita, pois me alegrava fazer você saber que eu queria notícias suas, e que você era importante para mim. 

Você se foi, não posso mais lhe tocar, nem ouvir uma resposta de algo que eu queira lhe perguntar. Mas agora você está dentro de mim, e assim continuará. O detalhe cruel nisso tudo é o vazio, é esta presença ausente.

Eita saudade, Chiquinho!

Sim, sinto sua presença através das lembranças, e quando quero algo mais concreto recorro a fotos, e aos vídeos do Chico Pio, para lhe ver e ouvir essa sua voz possante que tanto agrada aos meus ouvidos. 

Meu querido irmão, você sempre será importante para mim. Amor eterno.

Biá