Clarice viajava um pouco e lia muito, incluindo Proust, Kafka e a poesia de Emily Brontë, traduzida por Lúcio Cardoso:
Como ela me compreende, Lúcio, tenho vontade de dizer assim. Há tanto tempo eu não lia poesia, tinha a impressão de ter entrado no céu, no ar livre. Fiquei até com vontade de chorar mas felizmente não chorei porque quando choro fico tão consolada, e eu não quero me consolar dela; nem de mim.
(Clarice Lispector)
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